28 de junho de 2023, 16:45h
O Coronel Jean Lawand Júnior negou ter defendido um golpe de estado, apesar de ter trocado mensagens de cunho golpista com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.
As gravações de posse da Polícia Federal, sem sombra de qualquer dúvida, até mesmo para as bancadas de extrema direita da Câmara e do Senado, mostram que o Coronel Jean Lawand Junior participou, ao que as provas indicam, da tentativa de golpe de estado do dia 08 de janeiro. Lawand Júnior chegou ao ponto de, em troca de mensagens, quase implorar para que Mauro Cid tentasse convencer Jair Bolsonaro a dar um golpe de estado, usando como uma das
argumentações, que o ex-presidente seria preso e iria cumprir pena no presídio da Papuda em Brasília, o que nós brasileiros esperamos que venha a acontecer, após Bolsonaro ter seus direitos políticos cassados por 8 anos, julgamento esse que acontece no STF por ter atentado contra o Estado de Direito. Por ter Atentado contra a democracia. Por ter contribuído com o seu negacionismo, para a morte de 300 mil brasileiros das 700 mil vidas ceifadas pela pandemia da covid-19, dentre diversas outras acusações criminais, inclusive de natureza financeira.
A matéria do Brasil 2,4,7, diz que o coronel do Exército Jean Lawand Júnior negou em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), ter pregado um golpe de estado a favor de Bolsonaro, mas sua versão não foi endossada nem pelos bolsonaristas.
Segundo o coronel, ao enviar as mensagens para o tenente coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, sua intenção era apaziguar os manifestantes bolsonaristas, e retirá-los das ruas e quartéis. No entanto, deputados como André Fernandes, (PL Ceará), e senadores como Marcos Rogério, (PL Rondônia), colocaram em dúvida a veracidade das declarações de Lawand. E não é para menos.
De acordo com Fernandes, embora não se possa afirmar que o militar esteja mentindo, também não é possível acreditar totalmente em sua versão.” Sendo bem honesto, não acredito muito no que o senhor falou aqui, mas também não posso dizer que é mentira. Se alguém quiser acreditar, que acredite”, disse o parlamentar.
Já o senador Marcos Rogério enfatizou que “a função da oposição, não é proteger depoentes ou quem cometeu crimes”. O ex-juiz suspeito e senador Sergio Moro, (União Brasil Paraná), também criticou as declarações do coronel, expressando sua falta de convicção em relação às explicações apresentadas.
Tanto a oposição quanto a bancada governista, compartilharam a avaliação de que o coronel Lawand está isolado, e não conta mais com o apoio da base bolsonarista no colegiado. A senadora Eliziane Gama, (PSD Maranhão), relatora da CPMI, afirmou que Lawand “está claramente isolado” e que “a base de Bolsonaro o abandonou”.
Já o deputado Rogério Correia, (PT Minas Gerais) chamou o coronel de “mentiroso”. Em coro, Aluisio Mendes, (Republicanos Maranhão), por sua vez, considerou a versão de Lawand sobre as mensagens, como “pouco crível” e difícil de acreditar.
Após a divulgação das mensagens, o Exército afirmou que elas representam “opiniões pessoais” e não refletem o pensamento da instituição.
Em razão da repercussão do caso, Lawand foi retirado da representação diplomática do Brasil nos Estados Unidos.
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