12 de março de 2023, 12:45h

A procuradora da República Gabriela Saraiva de Azevedo Hossri foi nomeada para cuidar do caso das joias no valor de R$ 16,5 milhões apreendidas com uma comitiva do governo Bolsonaro. Gabriela é casada com o vereador de Campinas Nelson Hossri (PSD), que é bolsonarista e tem fotos com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o filho dele, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), nas redes sociais.

Gabriela é conhecida por ser rigorosa pelos seus colegas e trabalha desde outubro de 2020 no 5º Ofício da Procuradoria da República no Município de Guarulhos, na Grande São Paulo. Ela é a favor da prisão em segunda instância e em 2019, subscreveu uma carta de apoio à então coordenadora da Procuradoria Federal de Direitos do Cidadão, Deborah Duprat, que foi alvo de representações movidas pelo PSL, antigo partido de Bolsonaro, por sua atuação institucional em defesa dos direitos humanos.

A distribuição do caso para o gabinete da procuradora foi feita automaticamente pelo sistema. Enquanto ela não retorna de férias, o caso está temporariamente com outro procurador. Ainda não há um inquérito formal instaurado no Ministério Público Federal (MPF). Os investigadores vão analisar a denúncia e o material enviado pela Receita Federal, incluindo documentos, vídeos, fotos e gravações de áudio. Somente após a conclusão da análise preliminar, a procuradora decidirá se abre ou não uma investigação. Não há prazo para essa decisão.

Se um inquérito for aberto, ele deve tramitar em conjunto com a investigação sigilosa que já está em curso na Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da superintendência da Polícia Federal (PF) em São Paulo.

O inquérito da PF está em andamento acelerado. O prazo para conclusão é de 30 dias, mas pode ser prorrogado. Testemunhas já começaram a ser chamadas para depor. O ex-ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, será ouvido na próxima terça-feira.

Circulam informações na internet de que Gabriela seria bolsonarista e, portanto, suspeita de atuar no caso das joias. Entretanto, mesmo se a procuradora for bolsonarista isso a tornaria suspeita de atuar no caso? Ou se trataria pura e simplesmente de preconceito o texto do twitter da figura ao lado?

O caso envolve o suposto furto das joias masculinas pelo ex-presidente Bolsonaro e as oito tentativas de Bolsonaro de ter posse das joias femininas, avaliadas em R$ 16,5 milhões, que ele teria a intenção de incorporar ao seu patrimônio pessoal, assim como no caso das joias masculinas.

Entenda o caso lendo esse artigo.

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