🦅 Scott Ritter: Trump controla ou não controla seus “Falcões”?

Scott Ritter: Trump autorizou o ataque da Ucrânia aos bombardeiros russos?

Por Política em Debate I Brasília

Em 08/06/2025, 19h30 I Leitura 2 min

Scott Ritter, analista político e ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, volta à cena com mais uma denúncia perturbadora — revelada em entrevista recente ao podcast Fresh Insight — sobre os bastidores obscuros da política de segurança nacional norte-americana. Dessa vez, o centro da discussão gira em torno do ataque com drones à infraestrutura estratégica da Rússia, mais precisamente às bases aéreas onde se encontram bombardeiros estratégicos armados (ou prontos para ser armados) com ogivas nucleares.

O que parece mais um lance agressivo em meio ao conflito Rússia-Ucrânia, na verdade, segundo Ritter, tem origens bem mais profundas e sinistras: o planejamento desse ataque teria partido diretamente do MI6, o serviço secreto britânico, com conhecimento e possível conivência passiva da CIA americana. E mais: esse plano foi concebido ao longo de mais de um ano, levando em conta detalhes técnicos e sensíveis dos acordos de dissuasão nuclear entre Estados Unidos e Rússia.

Segundo tais protocolos, os bombardeiros estratégicos devem permanecer estacionados a céu aberto — visíveis por satélites — para permitir a verificação mútua da ausência de armamento nuclear ativo. Um pacto que visa impedir ataques surpresa e preservar o frágil equilíbrio nuclear mundial. Violar essa confiança é jogar fósforo aceso em tanque de gasolina.

A Rússia sob ataque — e a reação que pode vir

Para Ritter, a natureza do ataque representa um ato de guerra entre duas potências nucleares, ainda que realizado por meio de intermediários. A Inglaterra, ao viabilizar a operação, coloca em risco a própria sobrevivência de Londres, já que a Rússia, em sua doutrina estratégica, prevê o direito à retaliação contra qualquer agressão direta ou indireta a seus meios de dissuasão nuclear.

A retaliação, segundo ele, ainda não aconteceu em sua forma mais extrema porque Putin busca uma resposta calculada, que sinalize aos agressores os limites que não devem ser cruzados novamente — sem escalar imediatamente para o Armagedom nuclear.

A Autofagia da Extrema Direita

Trump é o presidente, mas não manda?

A parte mais inquietante da análise de Ritter, no entanto, não está no campo externo, mas na própria incapacidade de Trump — hoje novamente presidente dos EUA — em controlar os órgãos de inteligência e o complexo militar-industrial. Para Ritter, a CIA e outras agências seguem agendas próprias, respondendo mais ao chamado “Deep State” do que ao presidente constitucional da República.

Mais grave ainda é a afirmação de que senadores dos Estados Unidos estariam sabotando os esforços diplomáticos de Trump, instigando ações hostis contra a Rússia e boicotando qualquer tentativa de resolução pacífica do conflito.

Trump, nesse cenário, seria uma figura decorativa no que tange à política externa e de segurança, enquanto os verdadeiros “falcões” — escondidos nas sombras do poder — continuam a jogar xadrez nuclear com peças vivas e consequências irreversíveis.

As palavras de Scott Ritter não podem ser descartadas como alarmismo. Ele fala com conhecimento interno, histórico e técnico. E o que nos diz é claro: há um Estado paralelo operando nos bastidores dos EUA, conduzindo o mundo às cegas rumo a uma guerra que ninguém poderá vencer.


📺 Vídeo do podcast:
🎥 Scott Ritter sobre o controle de Trump

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