10 de abril de 2023, 17:46h

No ano de 2022 a Politica em Debate, em seu canal do YouTube, publicou um vídeo que dava conta que Zelensky e o líder polonês, Andrzej Sebastian Duda, presidente da Polônia desde 2015, estariam negociando uma fusão via a constituição de uma federação Polônia- Ucrânia, à semelhança da Federação Russa, que àquela altura já controlava os territórios conquistados da Ucrânia à leste do país. Essa fusão se daria em troca da participação da Polônia no conflito Rússia x Ucrânia, iniciado em 24 de fevereiro de 2022.

Esse “arranjo” de federação, na prática significaria o fim da Ucrânia enquanto nação soberana. Ela seria partilhada à leste pela Rússia, o que aconteceu, e à oeste “anexada” pela Polônia. Esse arranjo ainda permitiria à OTAN aqui também estar com sua força militar e poderio bélico nas “novas fronteiras russas”. Ao norte isso já se tornou realidade com a adesão da Finlândia à OTAN.

Nesse artigo voltamos a esse tema via notícia da Sputnik News, que publicou atribuído a Marek Galas. do portal polonês Niezalezny Dziennik Polityczny, que afirmou que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, prometeu os territórios do Oeste da Ucrânia à Polônia em troca de ajuda contra a Rússia.

De acordo com Galas, o presidente polonês, Andrzej Duda, deu a Zelensky uma “última chance” durante uma visita a Varsóvia para lançar uma contraofensiva contra a Rússia. Caso falhasse, a parte ocidental da Ucrânia teria que ser transferida para a Polônia.

O analista afirmou que as razões para essa decisão são os fracassos na linha de frente e o excesso de investimento estrangeiro em Kiev, que não trouxe muito lucro ou benefício para o Ocidente.

Segundo Galas, “sabendo antecipadamente que sua contraofensiva anunciada está condenada ao fracasso e que a pressão dos EUA só aumentaria, Zelensky tomou a única decisão certa – voltar ao tema anunciado em seu primeiro encontro com Andrzej Duda e devolver a parte ocidental da Ucrânia à Polônia, e mais uma vez propor às empresas polonesas a compra das maiores empresas ucranianas em troca do pagamento da dívida pública externa da Ucrânia”.

Marek Galas afirmou ainda que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, está disposto a trocar parte do território ucraniano pela mediação da Polônia em negociações com os Estados Unidos e União Europeia (UE). Para Galas, “Zelensky entende que no momento ele é odiado não só por seu próprio povo, mas também por todos aqueles que investiram nele […] E se ainda se pode esconder do povo em um bunker e atrás de seus guardas, não há como se esconder dos EUA, o que significa que se deve encontrar uma maneira de resolver as questões monetárias com os EUA e a UE a qualquer custo, mesmo através de concessões territoriais”.

Outro colunista, Tomasz Grzegorz Grosse, do Rzeczpospolita, opinou na semana passada que a Ucrânia poderia se tornar parte de um “grande e forte Estado polonês” para melhor enfrentar a Rússia no Leste Europeu.

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