27 de março de 2023, 18:00h

O conflito Rússia x Ucrânia parece não ser mais o foco da imprensa brasileira. Pouco ou quase nada se lê ou vê a respeito do conflito que já dura faz mais de 01 ano.

A chamada “Operação Especial” da Rússia na Ucrânia começou em 24 de fevereiro de 2022. Há milhões de refugiados ucranianos espalhados pela Europa. A economia da ucrânia está destruída e ela somente continua a lutar por que, de fato, desde o início do conflito não se tratava de uma guerra da Rússia contra a Ucrânia. Na verdade se tratava, e se trata, de um conflito da OTAN (leia-se Estados Unidos ) contra a Rússia, usando como peão a Ucrânia via seu subordinado Zelensky, que pouco se importa se o povo ucraniano sofre, passe frio, fome ou morra.

Não se tem acesso a notícias confiáveis, independentes, sobre o conflito. Em números, se tem noticiado que as baixas do Exército Ucraniano e do Exercito Russo passariam de 100 mil mortos e feridos para cada lado, com 40 mil mortes de civis. Entretanto, essa informação é de uma fonte nada confiável, isto é, o general Mark Milley, presidente do Estado-Maior Conjunto dos EUA.

Parece já haver um consenso, mesmo para os Estados Unidos e seus aliados submissos da Europa, que eles, juntamente com os Ucranianos, não vencerão a guerra, que se arrasta e expõe cada vez mais, de forma crua, o declínio do poderoso império que podia tudo. A realidade dia à dia prova justo o contrário. A Rússia segue “viva” e vencendo a guerra de goelada. A sua economia floresce. A indústria de armamentos e munições dá banho na combalida máquina de guerra americano-europeia, quase em colapso. Esgotada pela imensa ajuda financeira e militar em socorro da Ucrânia. A Europa segue mergulhada em inflação, greves, e divisão entre os próprios membros da OTAN, como o caso da Hungria, que se recusa a aderir às sanções de toda a sorte contra a Rússia – e se tornar alvo de boicote por parte dela – e de países como a Polônia, que cada vez mais criticam o fraco empenho da Alemanha em ajudar, de forma mais intensa, a Ucrânia.

O clamor pelo fim da guerra se espalha por toda a Europa e também entre os estadunidenses. Não se trata de um clamor a favor dos ucranianos. Se trata de um clamor de “vamos olhar primeiro para nosso país e povo”.

A Sputnik News Brasil traz um artigo mostrando um oficial aposentado da inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, Scott Ritter,, em entrevista ao canal U.S. Tour of Duty, no YouTube, que aconselhou os ucranianos insatisfeitos com as políticas de Kiev a se revoltarem contra o presidente Vladimir Zelensky.

Disse Ritter. “Muitos ucranianos neste momento estão insatisfeitos com o que está acontecendo no país, vocês [ucranianos] por que ficam sentados lá sem fazer nada? […] Se vocês estão insatisfeitos com o governo de Zelensky, façam algo a respeito”.

Ritter comparou a história dos EUA com a situação atual da Ucrânia, destacando como os americanos se rebelaram contra os britânicos para lutar por sua liberdade. Ele opinou que os ucranianos deveriam seguir o exemplo dos americanos, considerando a difícil situação em que se encontram.

Anteriormente, Noctis Draven, um escritor veterano do Exército americano, sugeriu que os soldados ucranianos deveriam abandonar suas armas ou desertar para a Rússia, para não morrerem em nome dos princípios ocidentais e do presidente Vladimir Zelensky.

Foi assim que ele comentou em um vídeo que viralizou no Twitter, em que um soldado ucraniano, que supostamente falava sobre a artilharia do Exército ucraniano, havia deixado militares nos arredores de Artyomovsk sem cobertura.

“Se eu tivesse um desejo, seria que eles parassem de lutar pelo Ocidente e pelo fantoche Zelensky. [Para] ficarem com a Rússia que libertará a Ucrânia do Ocidente e unirá um povo completamente destruído”, disse ele.

Draven ainda disse que os soldados da Ucrânia estão percebendo que seus líderes os enviam para o front nunca com a intenção de apoiá-los ou dar-lhes a vitória.

Kiev não visa vencer a Rússia, as autoridades ucranianas estão usando militares como um obstáculo para Moscou, concluiu o oficial militar

Os países ocidentais têm afirmado constantemente que a Ucrânia precisa vencer a Rússia no campo de batalha. Como resultado, o Ocidente, liderado pelos Estados Unidos, tem aumentado o fornecimento de armas e equipamentos militares para Kiev, ao mesmo tempo em que amplia as sanções impostas à Rússia.

Moscou já indicou mais de uma vez que a assistência militar não é um bom caminho para Kiev e apenas arrasta o conflito.

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