08 de março de 2023, 18:30h
Registro pela Política em Debate dos principais pontos do vídeo do UOL (colunista Josias de Souza ).
O comentarista do UOL Josias de Souza fala do caso das caixas de joias feminina e masculina, destinadas à Michelle Bolsonaro e ao ex-presidente Jair Bolsonaro, ilegalmente trazidas para o Brasil em duas mochilas de dois assessores do ex-ministro das minas e energia, o almirante Bento de Albuquerque.
Como nós já publicamos em outros artigos, a caixa de joias destinada à Michelle Bolsonaro foi apreendida pela Alfândega e tem o valor estimado de R$ 16,5 milhões. Já a caixa de joias destinada à Bolsonaro tem valor que oscila entre R$ 400 mil e R$ 1 milhão, segundo citação da imprensa. Em ambos os casos se trata de joias caríssimas da mais conceituada joalheria mundial, a Chopard,
Assim como todo o Brasil, Josias de Souza diz que todo esse caso é irregular e que se não fosse o servidor da Receita Federal, a caixa de joias saudita no valor de R$ 16,5 milhões teria ido parar no caminhão de mudanças de Bolsonaro.
Josias ressalta, comparando o caso das falsas acusações e condenação por corrupção do Presidente Lula, que o valor de R$ 16,5 milhões das joias destinadas à Michelle comprariam vários Imóveis, como o célebre tríplex do Guarujá, e daria ainda para reformar inúmeras vezes o famoso sítio de Atibaia. Para fins de contexto, o tríplex do Guarujá foi leiloado em 2018 por R$ 2,2 milhões e, segundo a Lava Jato, as reformas do Sítio de Atibaia teriam custado R$ 1,02 milhão. Isto é, desconsiderando a correção monetária, as joias presenteadas pela Arábia Saudita à Michelle comprariam 7 tríplex do Guarujá e cobririam 16 reformas no sítio de Atibaia. Josias prossegue dizendo que “nesses tempos de semântica desvairada nem todos são chamados de corruptos, alguns apenas”.
Lula acabou inocentado pelo STF e pela justiça federal de todos os crimes atribuídos falsamente a ele. O ex-juiz Sergio Moro da operação Lava Jato foi considerado suspeito pelo STF, o promotor Deltan Dallagnol pediu demissão do cargo e hoje ambos são, respectivamente, senador e deputado federal, provando que o mal feito as vezes vence, o que foi o caso deles. Ambos deveriam estar atrás das grades, não sendo representantes, no congresso nacional, do povo brasileiro.
Josias põe o dedo na ferida. Sem melindres: “...convém reformular o vocabulário desse escândalo. Foi roubo o que o Bolsonaro fez ao se apropriar de um estojo que o ex-ministro Bento Albuquerque conseguiu esconder dos fiscais na alfândega. Ele surrupiou um relógio, uma jogo de abotoaduras, uma caneta, um anel e um Rosário islâmico” (todas as peças de ouro e cravejadas de diamantes).
Josias finaliza dizendo que na campanha presidencial de 2022, Bolsonaro fazia um dueto com os seus devotos. Ele falava nos comícios “Lula ladrão” e os súditos respondiam “seu lugar era na prisão”. Se você leva esse critério da “pregação” ao pé da letra, o lugar do Bolsonaro hoje é no xadrez não na Flórida.
Vejam o vídeo do UOL comentado acima.