“In Fux we trust”: PL vai ao Ministro Fux pela Anistia aos Golpistas do 8 de Janeiro

Por Política em Debate I Brasília

Em 30/04/2025, 19h40 I Leitura: 1 min

O Partido Liberal (PL) intensificou seus esforços para obter anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A nova tática envolve uma aproximação com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux, visto como uma voz dissonante no julgamento de Débora Rodrigues dos Santos, conhecida como “Débora do Batom”.

08 de janeiro de 2023: Sem anistia para golpistas.

Débora Rodrigues dos Santos, a “Débora do batom”, foi condenada ontem (25/04) a 14 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A cabelereira, que pichou a frase “Perdeu, mané” na estátua A Justiça em frente ao STF, foi enquadrada em cinco crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado. A decisão, no entanto, não foi unânime, revelando fissuras na própria Corte sobre como mensurar a responsabilidade individual em contextos de violência coletiva. Fux divergiu dos demais ministros, propondo uma pena de apenas 1 ano e 6 meses, argumentando que não havia provas suficientes para as acusações mais graves.

Opinião: Não. 14 anos não foi só pelo batom. Perdeu Débora !

Aproximação com Fux

Integrantes do PL planejam reuniões com Fux para discutir a dosimetria das penas e buscar apoio para a anistia. A estratégia inclui elogios públicos ao ministro e a evitação de críticas generalizadas ao STF. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia já expressaram apoio à postura de Fux. Óbvio.

A tentativa de utilizar o voto de Fux como argumento para a anistia tem gerado críticas. Especialistas apontam que o caso de Débora não pode ser generalizado para todos os envolvidos nos atos golpistas.

Gonet lista ficha de acusados e exige julgamento do núcleo 2 do golpe: Cada um teve papel no crime.

A busca do PL por apoio de Fux para a anistia aos golpistas do 8 de janeiro representa uma nova frente na batalha política em torno da não responsabilização pelos ataques à democracia. Enquanto alguns veem na postura de Fux uma oportunidade para a clemência, outros alertam para os riscos de impunidade e enfraquecimento das instituições democráticas. Nós não podemos aceitar que não haja responsabilização de todos os envolvidos, daqueles que venham a ser condenados pelo 08 de janeiro e pela trama golpista arquitetada contra os vencedores do pleito eleitoral de 2022, Luís Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin.

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