22 de fevereiro de 2023, 17,47h
Os principais mecanismos de Articulação Política do Presidente Lula estão voltados para o Congresso, onde busca construir uma ampla coalizão para aprovar medidas importantes. Esta articulação envolve negociação com grupos parlamentares de partidos opositores ao governo, como PL, PP e Republicanos, que têm grande número de deputados e senadores.
O presidente está ainda trabalhando para construir uma bancada paralela aliada ao seu governo, formada por aproximadamente 70 deputados e 10 senadores.
Essa manobra política vai colocar a capacidade de articulação de Lula mais uma vez à prova, principalmente após o Carnaval. A expectativa é que a negociação termine bem para que suas propostas sejam aprovadas no Congresso.
Os políticos envolvidos têm buscado se beneficiar dos principais mecanismos de articulação política. O objetivo é conseguir recursos para seus redutos eleitorais, cargos dentro do governo e outras demandas.
A busca por uma ampla coalizão para aprovar e implementar propostas é parte essencial dos esforços do governo de Lula, que espera contar com o apoio de parlamentares de todos os partidos para aprovar suas medidas.
Para aqueles parlamentares que estão dispostos a negociar com o governo, há um argumento unificado: que suas ações vão ao encontro do bem do Brasil, independentemente de divergências.
O deputado Tiririca, do PL, é um exemplo disso. Ele se diz defensor da democracia e da vontade do povo brasileiro, e prometeu seu apoio para qualquer proposta que seja do interesse da população.
Romário, também do PL, já é tratado como voto certo para qualquer pauta do governo. Atualmente, no Senado, 25 dos 32 nomes que se encontram na oposição ao presidente são potenciais votos a favor do governo, principalmente na questão da reforma tributária.
Arthur Lira, do PP, será outro fator importante nessa equação. O presidente da Câmara dos Deputados passou rapidamente da órbita Bolsonaro para a órbita petista, e tem dado suporte ao governo desde o início da legislatura.
O verdadeiro teste para a bancada de Lula no Congresso deverá ocorrer após o Carnaval. A unificação de todos os parlamentares em nome do Brasil tem sido o argumento-chave para a negociação.