
Por Política em Debate I Brasília
Em 02/06/2025, 11h I47 Leitura 1 min
Essas palavras falam do horror que está sendo cometido pelo sionismo contra o povo palestino.
Quando nos olhos de minhas filhas, Marias
Avisto as bombas que caem sobre vossas casas
Como pássaros desnorteados possuídos pelo espírito da morte
Quando no choro de minhas filhas, Marias
Ouço o choro assustado que escapa de suas gargantas
Como súplicas de prisioneiros sob as perversões de um carrasco
Crianças de Gaza,
Lhes negam água
Lhes negam abrigo
Lhes negam comida
Mas não podem lhes negar minhas lágrimas
Não podem lhes negar minhas preces
Não podem lhes negar minha poesia
Crianças de Gaza,
Algum dia vocês olharão para trás
E verão o horror, a ira e a covardia…
Destruindo vossas infâncias
Crianças de Gaza,
Suas mães se fazem água para que não morram de sede
Suas mães se fazem pão para que não morram de fome
Suas mães se fazem esperança para que não morram de desgosto
Crianças de Gaza,
O mundo assiste a tudo e não faz nada
Como um estúpido espectador ante um espetáculo de entretenimento
Crianças de Gaza,
No sono sereno de minhas filhas, Marias
Avisto os destroços de vossas infâncias…
Ouço a indiferença absurda do mundo ante o vosso supremo sofrimento
Crianças de Gaza,
A poesia nada pode ante a realidade e a crueldade e o absurdo do mundo”
“O desdém do mundo diante de tal brutalidade é vexatório. Se eximir em agir contra esse extermínio, macabramente arquitetado, desclassifica qualquer um a se declarar humano. O desdém diante desse genocídio mostra a face cruel de líderes hipócritas, tão desumanos quanto “quem enfia a faca” . Lhes caem as máscaras. Nos revela a total falta de compaixão aos torturados pela fome e pela bala, que sofrem e morrem anônimos.”