Porta-voz do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU adverte que 100% da população de Gaza sofre “risco crítico de fome“. Ministro israelense defende escalada de ataques no território ocupado.

Por Política em Debate I Brasília
Em 01/06/2025, 16h55 I Leitura 2 min
O mundo assiste impassível ao genocídio promovido pelo sionismo com as bênçãos de Trump: quase 2 milhões de palestinos morrendo de fome em Gaza
A política genocida contra o povo palestino na Faixa de Gaza, impulsionada pelo sionismo e com o aval explícito do presidente Donald Trump, atinge um patamar de barbárie que escancara a hipocrisia e a omissão do mundo. Quase 2 milhões de palestinos estão sendo deliberadamente privados de alimentos e recursos básicos, vivendo sob uma fome cruel e uma ameaça constante de força total que visa a destruição física e social da população.
Recentemente, em um ato desesperado de sobrevivência, milhares de palestinos famintos saquearam um armazém de estocagem de alimentos doados a Gaza — um cenário que revela o colapso humanitário provocado pela política de cerco e bloqueio que impede a entrada de suprimentos essenciais. Essa situação não é fruto do acaso, mas sim de uma estratégia calculada para subjugar e eliminar um povo.
O mundo assiste, impotente ou conivente, limitando-se a discursos vazios e condenações formais, sem ações concretas que possam deter o genocídio em curso. A ONU e líderes mundiais rejeitaram o plano de Trump para expulsar os palestinos de Gaza, classificando-o como genocídio e limpeza étnica, mas essas palavras não têm conseguido frear a escalada da violência e do sofrimento.
O governo Trump, ao lado do sionismo israelense, incentiva essa política de extermínio, com planos explícitos visando transformar o território em uma espécie de “Riviera do Oriente Médio” para interesses coloniais e econômicos. Essa “solução final” atualizada é uma continuação da Nakba, a limpeza étnica histórica que expulsou milhões de palestinos de suas terras ancestrais.

A cumplicidade internacional, especialmente dos países ocidentais, é evidente na ausência de medidas eficazes para impedir o massacre. Enquanto os palestinos morrem de fome e sob bombardeios constantes, a atenção global está desviada para outros conflitos, como o da Ucrânia, permitindo que o genocídio em Gaza continue impune.

Hoje (01/06) mais uma tragédia se abateu sobre a população palestina em Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Durante a distribuição de ajuda humanitária em um ponto operado com apoio dos Estados Unidos e Israel, pelo menos 31 palestinos morreram e mais de 170 ficaram feridos, a maioria vítimas de disparos de armas de fogo. Testemunhas relataram que militares israelenses abriram fogo contra a multidão faminta que buscava alimento, enquanto autoridades israelenses negam envolvimento direto e afirmam que o caso está sob investigação. O episódio expõe o caos e o desespero que marcam a entrega de suprimentos em Gaza, agravados pelo bloqueio e pela escassez extrema. Organizações humanitárias e a ONU criticam duramente o novo sistema de distribuição, alegando que ele politiza a ajuda e não garante segurança nem acesso igualitário à população civil. O massacre de Rafah é mais um capítulo do sofrimento imposto a um povo sitiado, que luta diariamente pela sobrevivência diante da indiferença internacional.
“Prece às Crianças de Gaza
Poema de Nuno Gonçalves
Quando nos olhos de minhas filhas, Marias
Avisto as bombas que caem sobre vossas casas
Como pássaros desnorteados possuídos pelo espírito da morte
Quando no choro de minhas filhas, Marias
Ouço o choro assustado que escapa de suas gargantas
Como súplicas de prisioneiros sob as perversões de um carrasco
Crianças de Gaza,
Lhes negam água
Lhes negam abrigo
Lhes negam comida
Mas não podem lhes negar minhas lágrimas
Não podem lhes negar minhas preces
Não podem lhes negar minha poesia
Crianças de Gaza,
Algum dia vocês olharão para trás
E verão o horror, a ira e a covardia…
Destruindo vossas infâncias
Crianças de Gaza,
Suas mães se fazem água para que não morram de sede
Suas mães se fazem pão para que não morram de fome
Suas mães se fazem esperança para que não morram de desgosto
Crianças de Gaza,
O mundo assiste a tudo e não faz nada
Como um estúpido espectador ante um espetáculo de entretenimento
Crianças de Gaza,
No sono sereno de minhas filhas, Marias
Avisto os destroços de vossas infâncias…
Ouço a indiferença absurda do mundo ante o vosso supremo sofrimento
Crianças de Gaza,
A poesia nada pode ante a realidade e a crueldade e o absurdo do mundo”
O desdém do mundo diante de tal brutalidade é vexatório. Se eximir em agir contra esse extermínio, macabramente arquitetado, desclassifica qualquer um a se declarar humano. O desdém diante desse genocídio mostra a face cruel de líderes hipócritas, tão desumanos quanto “quem enfia a faca” . Lhes caem as máscaras. Nos revela a total falta de compaixão aos torturados pela fome e pela bala, que sofrem e morrem anônimos.
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