Reinaldo e o Bolsonarismo Doidão

Por Política em Debate I Brasília

Em 27/05/2025, 15h58 I Leitura 2 min

O bolsonarismo à deriva: delírios, submissão e o sumiço da direita democrática

O núcleo duro do bolsonarismo parece ter perdido qualquer noção de estratégia ou de limites. Como bem ironiza Reinaldo Azevedo, o grupo está tão “doidão” que pode acabar resolvendo, sozinho, o imbróglio da fragmentação da direita – uma direita que, mesmo diante de um governo com dificuldades, não consegue construir uma candidatura viável porque permanece refém do clã Bolsonaro e de seus delírios autoritários.

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Enquanto parte do empresariado e da imprensa já acena para Tarcísio de Freitas como alternativa, Bolsonaro insiste em sua obsessão: recuperar a elegibilidade e manter o controle do campo conservador, nem que para isso precise empurrar o país para o abismo institucional. O resultado? Uma sucessão de atos insanos, como a articulação do filho Eduardo Bolsonaro, autoexilado nos Estados Unidos, para pressionar o governo americano a impor sanções ao ministro Alexandre de Moraes e ao próprio Supremo Tribunal Federal.

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Reinaldo sendo Reinaldo: Eduardo não está apenas praticando crimes comuns, mas tentando coagir o Judiciário inteiro, mobilizando atores estrangeiros para interferir no funcionamento de um dos Poderes da República. Não é só coação de testemunha ou obstrução de justiça – é um ataque frontal à soberania nacional. E tudo isso é feito às claras, com direito a confissão pública e a celebração da subordinação do Brasil aos interesses de Donald Trump e da extrema direita americana.

A Direita Democrática

O mais patético é ver a família Bolsonaro – inclusive o “moderado” Flávio – tratar o Brasil como um “quintalzinho” dos EUA, apostando que a salvação nacional virá de Washington. O discurso é tão delirante que Eduardo chega a dizer que, se não puder voltar ao Brasil, será sinal de que o país virou uma “nova Venezuela”. O grau de delinquência política e de inversão de valores é tamanho que a direita democrática, se é que existe, parece ter sumido do mapa.

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Enquanto isso, parte considerável da direita segue submissa ao bolsonarismo, incapaz de romper com o jugo autoritário e delirante do clã. Resta saber até quando o país suportará esse espetáculo de submissão e loucura institucional.

“Esses caras estão dizendo que o papel deles, da família Bolsonaro, é subordinar o Brasil ao governo americano e que essa é a parte boa da história, que enfim o Trump virá para nos salvar. Essa é a extrema-direita brasileira e a essa extrema-direita, infelizmente, por enquanto, parte considerável da direita brasileira está subordinada. Será que vai conseguir se livrar desse jugo e desse peso? Não parece que esteja muito disposta essa dita direita democrática. A propósito, onde está a direita democrática?”


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