De Política em Debate

Publicado em 08/04//2025, 21:05h

É realmente vergonhoso, assim como deveria ser para qualquer homem, especialmente se figura pública, quase literalmente pedir por algo que lhe irá trazer benefício, usando a figura de outros como subterfúgio. Motivo. Pois é…Mas no Brasil já se perdeu quase completamente a vergonha. A coisa é escancarada. Eu me refiro à aqueles que insistem em negar que a maioria da sociedade brasileira, consultada pelo Senado nacional, e também por pesquisas de opinião, querem que os vândalos e golpistas presos, condenados, e aqueles que não o foram, se condenados pela justiça, paguem pelos crimes cometidos contra o estado de direito e a democracia brasileira.

Lamentável se usar a imagem de vendedores de sorvete e de pipocas, uma apelação das mais baixas, para tentar negar ou minimizar o mal feito do 08 de janeiro. Como se pipoqueiros, vendedores de sorvete, e toda uma massa de acéfalos adestrados, não tivessem depredado, maculado o Congresso Nacional, o STF e o Palácio do Planalto, inspirados por gente maliciosa e poderosa, à busca de um golpe. Um golpe contra a constituição. Um golpe contra os vencedores da eleição presidencial de 2022.

O pipoqueiro, o vendedor de sorvete, a cabelereira, o engenheiro, o militar, o deputado, o advogado, um ex-presidente, e o raio que os parta, se participantes e condenados por tentativa de golpe de estado, tem que ser punidos. Mas Jair Bolsonaro e seus parças querem anistia. Nem foram condenados e querem anistia, como bem cita, vez por outra, o presidente Lula, a quem os golpistas até pretendiam assassinar. Vamos esquecer tudo? Fingir que nada aconteceu? Há algo mais indigno, amoral, que pedir isso? Certamente não.

Jair Bolsonaro, durante o ato pela anistia, na Avenida Paulista no dia 6 de abril, ato em que compareceram, em uma primeira contagem 40,9 mil pessoas e, no ápice, 45 mil, um ato mixuruca, protagonizou um momento que já entrou para os anais da internet brasileira. Tentando “passar um recado para o mundo“- como se o mundo prestasse atenção a ele – em inglês, o ex-presidente admitiu de antemão: “Não falo inglês, uma grande falha na minha formação.” Bem. Ponto para ele: Ele falou a verdade, pelo menos dessa vez. Mas como iria mentir, não é mesmo? E Bolsonaro soltou a frase truncada: Popcorn and ice cream sellers sentenced for coup d’état in Brazil”. A tentativa foi recebida com uma mistura de risos e memes nas redes sociais, com internautas comparando Bolsonaro ao lendário Joel Santana, famoso por suas entrevistas em inglês, na época em que treinava a seleção da África do Sul.

Vídeo: Bolsonaro, o pipoqueiro, o vendedor de sorvetes e o golpe de estado

Nas redes sociais, as reações foram impiedosas. Comentários como “Aluno mais fraco do Joel Santana Institute of English” e “Bolsonaro acaba de cometer mais um crime: assassinar a língua inglesa” dominaram o X (antigo Twitter) e o Instagram. Enquanto isso, alguns apoiadores tentaram transformar o fiasco linguístico em estratégia política, alegando que a pronúncia confusa foi uma “jogada de mestre” para chamar atenção. Mas convenhamos: nem Joel Santana conseguiria salvar essa narrativa.

Respostas de 2

  1. É ridículo tudo isso. Ele não se cansa nunca de fazer este papel de palhaço frente o mundo??parece que pra ele tudo é uma eterna brincadeira, pq quem levaria à sério um homem desses??? Deplorável……

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Translate