Os que pedem anistia, pedem para si e não para os condenados, os “bagrinhos”, massa de manobra dos ainda não indiciados, julgados e condenados. Hipócritas absolutos, imprestáveis. Dissimulados.

De Política em Debate

Publicado em 06/04/2025, 18:00h

Pesquisa Genial/Quaest divulgada hoje (06/04) revelou que 56% dos brasileiros são contra a anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Os entrevistados acreditam que os condenados devem continuar presos e cumprir suas penas. Por outro lado, 34% são favoráveis à soltura, sendo que 18% defendem que os presos nem deveriam ter sido detidos e 16% acham que já ficaram presos tempo demais. Outros 10% não souberam ou não quiseram responder.

Divisão por Eleitorado

A opinião sobre a anistia varia significativamente conforme a preferência eleitoral dos entrevistados:

Segmentação por Religião

Entre os evangélicos, o único grupo religioso com maior apoio à anistia, 45% defendem a soltura, enquanto 44% são contra. Entre os católicos, 62% defendem a manutenção da prisão dos envolvidos, ou seja, que eles devem continuar presos e cumprir suas penas.

Comparação com Pesquisas Anteriores

Os resultados atuais mantêm uma tendência observada em levantamentos anteriores sobre o tema. Uma pesquisa similar realizada pela Quaest em dezembro de 2024 já indicava que 49% dos brasileiros acreditavam na participação do ex-presidente Jair Bolsonaro na tentativa de golpe, e a maioria considerava justa sua transformação em réu pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Esses números permanecem estáveis, indicando consistência na percepção pública sobre os eventos e seus desdobramentos legais.

Mais um fracasso de Bolsonaro e, especialmente, de Tarcísio de Freitas

A divulgação da pesquisa ocorreu no mesmo dia em que Jair Bolsonaro liderou um ato na Avenida Paulista pedindo anistia aos envolvidos nos atos golpistas. Apesar disso, os dados mostram que a maioria da população rejeita essa proposta, reforçando uma divisão política entre apoiadores do ex-presidente e aqueles contrários às ações dos manifestantes.

Segundo o Monitor do Debate Público da Universidade de São Paulo (USP), o ato realizado na Avenida Paulista no domingo, 6 de abril de 2025, reuniu cerca de 44,8 mil. A presença no Rio de janeiro, em que Bolsonaro e compinchas pretendiam reunir 1 milhão, foi um fiasco, comparecendo reles 18,3 mil, segundo o mesmo Monitor de Debate Público da USP.

Considerando que a cidade de São Paulo tem 11,45 milhões de habitantes (censo de 2022) e a cidade do Rio de janeiro possui 6,21 milhões (censo de 2022), se verifica que, embora os dois eventos – Rio e São Paulo – tenham sido completos fracassos, em São Paulo o comparecimento foi um pouco melhor, com 44,8 mil presentes quando, pela proporção de habitantes São Paulo/Rio de janeiro, seriam esperados 33,7 mil, se a proporção fosse mantida em relação ao ato fracassado do Rio de janeiro (18,3 mil ). Parabéns Tarcísio!!!, você conseguiu se queimar, literalmente, de verde e amarelo.

O brasileiro quer golpista na cadeia

O levantamento da Genial/Quaest reflete um cenário em que a maioria dos brasileiros acredita na necessidade de punição para os envolvidos nos atos antidemocráticos, com opiniões fortemente influenciadas por preferências políticas e religiosas. Essa visão tem se mantido consistente ao longo do tempo, demonstrando pouca variação nas percepções públicas sobre o tema desde o início das investigações e condenações relacionadas ao caso.

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