Publicado em 06/04/2025, 16:25h
Política em Debate já publicou diversos artigos e vídeos sobre o conflito, guerra, chame como quiser, entre a Federação Russa e a OTAN. À exceção de países como a Hungria.
O objetivo estratégico de se usar a Ucrânia – representada pelo submisso e ex-palhaço Volodymyr Zelensky – como meio de infringir uma derrota estratégica à Federação Russa, levar à deposição de Putin e mesmo fragmentar a Federação Russa, deu totalmente errado. Foi um completo fracasso e, na realidade, ampliou o poder geopolítico dos russos tanto no âmbito do BRICS, quanto em todo o sul global, em especial na África.
Não. Nosso tema de hoje não é para repetir que essa guerra de procuração do ocidente coletivo, liberado pelos Estados Unidos, que realmente foram os indutores do Conflito Rússia X Ucrânia (OTAN), já resultou em mais de 1,1 milhão de mortos e feridos do lado ucraniano – dados divulgados pelo ministério da defesa russa – e entre 1/10 e 1/7 de mortos e feridos do lado russo, isto é, entre 110 mil e 143 mil – Serão esses números realmente confiáveis? Como saber. Há um brutal guerra de desinformação de ambos os lados, especialmente e abertamente do coletivo ocidente, em processo de esfacelamento após a posse de Trump 2.0. Nossa reflexão de hoje tem a ver como a guerra vem sendo publicitada pelo lado russo.
No começo do conflito em 24/02/2022 os vídeos disponíveis mostravam as colunas de tanques e outros veículos blindados avançando rumo a Kiev, encontrando resistência somente em grupos dispersos de moradores armados, enfrentando tanques, isto é, sendo usados pelos próprios ucranianos para alegar que os russos estavam massacrando civis. Horrendo e covarde uso de pessoas comuns, que mal sabiam atirar, para fins de propaganda, tática nazista e fascista (vídeo).

Em uma incursão relâmpago, os tanques russos chegaram aos subúrbios de Kiev. Se especulava que Zelensky estaria se preparando para fugir do país. Entretanto, de forma inesperada, os tanques se retiraram da capital. Mais tarde se descobriu que a razão da retirada dos russos foi a celebração de um pré-acordo entre russos e ucranianos, negociado pelos turcos em Istambul. O cômico é que a propaganda ucraniana e ocidental publicitou essa retirada como sendo uma vitória do exército ucraniano sobre o exército russo. Nada mais mentiroso, falso.

Passada essa fase, os russos se posicionaram à leste da Ucrânia, e finalmente os militares ucranianos deixaram de usar civis para combater os russos. Zelensky, a seguir, foi obrigado por Boris Johnson (Reino Unido) e Joe Biden (EUA) a rasgar o pré-acordo negociado com os russos e prosseguir na luta, já que lhe foi prometido, que seria a ele fornecido tudo o que fosse preciso, em termos militares e econômicos. Só nessa fase é que o exército ucraniano começou realmente a fazer frente aos russos e não mais usando civis, pobres inocentes, gente patriota, do povo.
Na guerra em que a União Soviética invadiu o Afeganistão (1979–1989) houve um intenso uso de helicópteros militares, que desempenharam um papel central nas operações de combate, especialmente devido à geografia montanhosa do país e à natureza da insurgência liderada pelos mujahidins.
Os soviéticos utilizaram extensivamente o helicóptero de ataque Mi-24, conhecido como “Hind”. Este modelo era uma combinação de transporte de tropas e helicóptero de ataque, equipado com armas pesadas e blindagem, o que o tornava ideal para apoiar operações terrestres e realizar ataques aéreos contra posições inimigas.

No início da guerra no Afeganistão, os helicópteros soviéticos dominavam os céus devido à ausência de uma defesa aérea eficaz por parte dos mujahidins. A blindagem do Mi-24 o tornava resistente à armas leves e médias, permitindo que ele operasse com relativa impunidade. Essa superioridade aérea foi crucial para garantir a mobilidade das forças soviéticas em um terreno adverso e para infligir pesadas baixas aos insurgentes. No entanto, a introdução dos mísseis antiaéreos portáteis FIM-92 Stinger, pelos Estados Unidos em 1986, mudou drasticamente o equilíbrio no campo de batalha. Esses mísseis permitiram que os mujahidins derrubassem os helicópteros soviéticos com maior facilidade, afetando significativamente as operações aéreas. Estima-se que mais de 330 helicópteros soviéticos foram abatidos durante o conflito. Essa perda crescente tornou a guerra mais custosa para a União Soviética, e contribuiu para sua decisão de se retirar do Afeganistão.
Na guerra Rússia x Ucrânia (OTAN), o Mi-24 voltou a ser empregado pelos russos, assim como outros modelos de helicópteros militares. Nos primeiros dois anos do conflito, a Rússia sofreu perdas substanciais em sua frota de helicópteros devido à eficiência das defesas antiaéreas ucranianas. Estima-se que mais de 100 helicópteros de ataque foram destruídos nesse período, incluindo modelos Ka-52, Mi-28N e Mi-24. Os Mi-24 representaram cerca de 21% dessas perdas totais. A maioria dos abates ocorreu devido a sistemas portáteis de defesa aérea (MANPADS), que foram responsáveis por 49% das destruições, seguidos pela artilharia antiaérea (22%) e armas de pequeno porte (17%). Essas perdas iniciais destacaram a vulnerabilidade dos helicópteros russos diante de uma defesa aérea bem equipada.
Com o avanço do conflito e o desmantelamento progressivo da capacidade ucraniana de resistir no campo de batalha, a Rússia voltou a intensificar o uso de helicópteros militares em 2025. Esse retorno ao uso maciço reflete uma mudança estratégica, impulsionada pela redução quase completa das defesas aéreas ucranianas após anos de ataques sistemáticos à infraestrutura militar e energética do país.
A volta do uso intensivo dos helicópteros em 2025 é fruto do óbvio enfraquecimento da Ucrânia em resistir. Com a diminuição das capacidades defensivas da Ucrânia, os helicópteros russos enfrentam menos resistência no campo de batalha, permitindo maior liberdade operacional. No entanto, as perdas iniciais da frota destacaram as limitações dessa estratégia em fases anteriores do conflito, especialmente quando confrontados com sistemas antiaéreos modernos.
Nesse vídeo um helicóptero KA-52 destrói um grupo de tanques e outros veículos blindados ucranianos.
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