Publicado em 19/03/2025, 20:35h

Os deputados do Partido dos Trabalhadores (PT), Lindbergh Farias e Rogério Correia falam da “fuga” do deputado Eduardo Bolsonaro para os Estados Unidos, que teria sido motivada, como pretexto, a possível apreensão do passaporte dele, pelo Ministro Alexandre de Moraes (STF), pedida pelos dois deputados por entenderem que ele conspira contra o Brasil e tenta solapar as instituições judiciais e, por extensão, a Democracia Brasileira.

Abaixo transcrevemos um pequeno texto da fala do deputado Lindbergh, que você pode conferir.

Deputado Lindbergh (PT): Olá pessoal, eu tô aqui com o Rogério Correa. O Eduardo Bolsonaro acaba de gravar um vídeo dos Estados Unidos dizendo que não volta ao Brasil, que vai abdicar do mandato.

Deputado Lindbergh (PT): Eu e o Rogério, a gente tinha entrado no Supremo Tribunal Federal pedindo apreensão do passaporte dele por crime contra os interesses nacionais, por pressionar o poder judiciário.

Deputado Lindbergh (PT): Ele é o responsável por toda uma articulação do parlamento norte-americano…

Deputado Lindbergh (PT): Eles aprovaram no comitê judiciário de lá uma lei específica para prejudicar o Alexandre Moraes.

Deputado Lindbergh (PT): Ele está conspirando com o departamento de estado norte-americano, teve lá com o Michael Kozak, que é um representante do hemisfério ocidental, antes daquela nota, e nós pedimos a apreensão do passaporte.

Deputado Lindbergh (PT): Eu acho que o que está acontecendo é muito importante, pessoal, porque agora sim, ele não vai assumir a presidência dessa Comissão de Relações Exteriores.

Deputado Lindbergh (PT): Isso é importante para o Parlamento.

Deputado Lindbergh (PT): Ele não tinha condição de representar o Parlamento para se posicionar contra os interesses nacionais e contra a investigação no Supremo Tribunal Federal.

Assista todo o vídeo publicado pela Revista Fórum no Instagram.

Apesar da pressão dos dois parlamentares do PT, a Procuradoria Geral da República (PGR), consultada pela pertinência do pedido, pelo STF, concluiu que não se evidenciou crime por parte do deputado Eduardo Bolsonaro.

A PGR considerou que as ações de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, como manter relações com autoridades estrangeiras, não configuram obstrução de investigação de organização criminosa ou atentado à soberania nacional, pois se inserem no âmbito do exercício da atividade parlamentar. 

Com base nesse parecer da PGR, o ministro Alexandre de Moraes arquivou o processo movido pelos dois deputados do PT. Quanto ao deputado Eduardo Bolsonaro, embora não haja mais a motivação do “perigo do confisco de seu passaporte”, parece que não retorna ao Brasil e irá, portanto, abdicar do cargo para o qual foi eleito. Como se vê a justiça e a democracia funcionam e, nesse caso, foram favoráveis ao deputado da extrema direita Eduardo Bolsonaro. O que virá mais por parte dele?

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