Publicado em 17/03/2025, 18:25h

Eduardo Bolsonaro: Um Perfil de Extrema Direita e as Acusações de Traição à Pátria

O deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, sempre se destacou por sua postura radicalmente conservadora e alinhada à extrema direita global. Seguindo os passos do pai, Eduardo construiu sua carreira política com um discurso nacionalista, anticomunista e ultraliberal na economia, estabelecendo laços estreitos com figuras internacionais da direita radical, como Steve Bannon e o falecido guru ideológico Olavo de Carvalho.

Conexões com Bannon e Olavo de Carvalho

Desde sua ascensão política, Eduardo demonstrou grande proximidade com Steve Bannon, ex-estrategista de Donald Trump e um dos principais articuladores do populismo de direita nos Estados Unidos e na Europa. Bannon, conhecido por sua defesa da guerra cultural contra a esquerda e pelo uso de desinformação como estratégia política, chegou a nomear Eduardo Bolsonaro como representante do movimento “The Movement” na América Latina, uma iniciativa que visava unir líderes nacionalistas e de extrema direita em todo o mundo.

O deputado era um dos principais seguidores das ideias de Olavo de Carvalho, que influenciou profundamente a retórica do bolsonarismo com teorias conspiratórias contra o globalismo, o marxismo cultural e o establishment político tradicional. Olavo e Eduardo compartilhavam uma relação próxima, com o deputado frequentemente endossando e divulgando as teses do guru da extrema direita.

Acusações e Suposto Refúgio nos Estados Unidos

Nos últimos meses, Eduardo Bolsonaro tem sido alvo de graves acusações que envolvem suposta traição à pátria. Diversos setores da política e da mídia brasileira apontam que ele estaria envolvido em articulações para desestabilizar o sistema democrático no Brasil, especialmente no contexto dos ataques de 8 de janeiro de 2023 às sedes dos Três Poderes em Brasília. O nome do deputado apareceu em investigações que buscam esclarecer possíveis elos entre figuras do bolsonarismo e a tentativa de golpe de Estado.

Diante do avanço das investigações, Eduardo tem passado períodos prolongados nos Estados Unidos, o que levantou suspeitas de que estaria buscando refúgio no país para evitar possíveis consequências judiciais no Brasil. Essa permanência no exterior tem sido interpretada por críticos como um indício de que o deputado teme uma eventual responsabilização pelos atos antidemocráticos e outras acusações que pesam contra ele.

O futuro político de Eduardo Bolsonaro

O futuro político de Eduardo Bolsonaro está cada vez mais incerto. Anteriormente, ele era visto como um dos principais herdeiros do bolsonarismo, mas agora enfrenta um cenário de incertezas diante das investigações e da erosão do apoio ao seu grupo político. A estratégia de buscar proteção nos Estados Unidos pode ser uma tentativa de ganhar tempo ou de buscar aliados internacionais para reforçar sua narrativa.

O cenário político atual no Brasil sugere que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, emerge como o principal herdeiro do bolsonarismo para as eleições de 2026. Tarcísio tem o apoio das elites financeiras e é visto como uma figura mais moderada, o que pode ser atraente para setores que buscam uma alternativa ao radicalismo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Essa ascensão de Tarcísio praticamente elimina qualquer chance de Jair Bolsonaro indicar seu filho Eduardo Bolsonaro para a presidência em 2026, já que Tarcísio é preferido por uma parcela significativa dos apoiadores de Bolsonaro.

Outro fator é que a inelegibilidade de Jair Bolsonaro até 2030, e as pressões políticas e econômicas para que Tarcísio se lance na disputa presidencial reforçam a ideia de que Eduardo Bolsonaro não será o candidato natural do bolsonarismo nas próximas eleições. Portanto, o futuro político de Eduardo Bolsonaro parece cada vez mais limitado, enquanto Tarcísio de Freitas se consolida como a principal alternativa para liderar o movimento bolsonarista em 2026.

Flopou a manifestação de Eduardo Bolsonaro em Nova York.

Fazendo coro com o pai Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos desde 27 de fevereiro de 2025, a sua quarta viagem ao país apenas neste ano, promoveu um ato em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Times Square. No entanto, a manifestação reuniu apenas cerca de 20 pessoas e foi abafada por outros grupos presentes na região, segundo o UOL. Nem mesmo o parlamentar brasileiro estava na manifestação pelo pai.

Flopou Eduardo. Flopou. Nem Trump, nem ninguém mais se importa com Bolsonaro. Leia a íntegra da matéria do Brasil de Fato nesse link.

Nesse vídeo do UOL você pode ver o fracasso que foi a mobilização em Nova York. O pior de não se fazer manifestação é ela fracassar de forma avassaladora, como foi o ato do pai Bolsonaro no Rio de Janeiro e esse do filho Eduardo em Nova York.

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