Publicado em 02/03/2025, 20:35h
O termo Deep State (ou “Estado Profundo”) é frequentemente usado para descrever uma suposta rede de poder oculta dentro do governo dos Estados Unidos, composta por membros da burocracia governamental, serviços de inteligência, militares, corporações e famílias influentes. No entanto, essa ideia é controversa e, muitas vezes, associada a teorias da conspiração.
Embora não exista uma lista oficial ou consenso acadêmico sobre quais corporações e famílias fariam parte desse suposto “Deep State”, algumas entidades e dinastias são frequentemente mencionadas por analistas e pesquisadores que estudam o poder nos bastidores da política e da economia global. Entre elas:
Corporações frequentemente associadas ao Deep State:
- Empresas do Complexo Militar-Industrial
- Lockheed Martin
- Raytheon Technologies
- Boeing
- Northrop Grumman
- General Dynamics
- Grandes Bancos e Instituições Financeiras
- JPMorgan Chase
- Goldman Sachs
- BlackRock
- Vanguard Group
- Citigroup
- Big Tech e Comunicação
- Google (Alphabet)
- Meta (Facebook)
- Microsoft
- Apple
- Amazon
- Twitter/X
- Indústria Farmacêutica e Saúde
- Pfizer
- Moderna
- Johnson & Johnson
- Merck
- Grupos de Mídia e Influência
- The New York Times
- The Washington Post
- CNN
- Fox News
- BBC
Famílias frequentemente mencionadas como parte do Deep State:
- Família Rockefeller – Fundadores do império petrolífero Standard Oil, influenciaram o sistema bancário e instituições como a ONU e a Trilateral Commission.
- Família Rothschild – Histórica dinastia bancária europeia, frequentemente ligada ao controle financeiro global.
- Família Morgan – Fundadores do JPMorgan Chase, com forte influência em Wall Street e no Federal Reserve.
- Família DuPont – Império químico-industrial e forte influência no setor militar.
- Família Bush – Vários membros ligados à política e ao setor de inteligência dos EUA.
- Família Clinton – Conexões políticas e influência na diplomacia e no setor financeiro.
- Família Soros – George Soros é conhecido por influenciar políticas globais por meio de sua Open Society Foundations.

Outros grupos influentes associados ao Deep State:
- Council on Foreign Relations (CFR)
- Bilderberg Group
- Trilateral Commission
- Bohemian Grove
- Comitê dos 300
- Fundo Monetário Internacional (FMI)
- Banco Mundial
- Reserva Federal dos EUA (FED)
Essas corporações e famílias são citadas em análises sobre influência nos bastidores da política e economia global, mas não há provas definitivas de que operem de forma coordenada dentro de um “Estado Profundo”. A ideia do Deep State pode ser interpretada como uma fusão de interesses de grupos poderosos, em vez de uma organização única e estruturada.
O Deep State, entendido como um conjunto de interesses de elites corporativas, militares e políticas nos Estados Unidos, é frequentemente acusado de estar por trás de diversos conflitos globais e derrubadas de governos ao longo das últimas décadas. Essas acusações vêm principalmente de analistas geopolíticos, jornalistas investigativos e governos que se opõem à influência dos EUA na política mundial. Além disso, há alegações de que esse grupo teria interesse no prolongamento da guerra entre Rússia e Ucrânia.
Conflitos e Derrubadas de Governo Atribuídas ao Deep State
1. Irã (1953) – Golpe Contra Mohammad Mossadegh
- O primeiro-ministro Mohammad Mossadegh foi derrubado em um golpe arquitetado pela CIA e pelo MI6 britânico (Operação Ajax).
- O motivo principal foi a nacionalização do petróleo iraniano, prejudicando interesses de empresas como a British Petroleum (BP).
- O golpe instaurou uma ditadura pró-Ocidente sob o xá Reza Pahlavi.
2. Guatemala (1954) – Golpe Contra Jacobo Árbenz
- O presidente Jacobo Árbenz foi derrubado pela CIA na Operação PBSUCCESS.
- Seu governo tentou realizar reformas agrárias que afetavam a United Fruit Company (atual Chiquita), cujos interesses estavam ligados a elites dos EUA.
- O golpe instaurou uma série de ditaduras militares brutais.
3. Vietnã (1955-1975) – Guerra do Vietnã
- A guerra começou como uma tentativa dos EUA de impedir a expansão do comunismo, mas beneficiou corporações do complexo militar-industrial.
- O conflito prolongado gerou lucros bilionários para empresas como Lockheed Martin, Boeing e General Electric.
4. Indonésia (1965) – Golpe Contra Sukarno
- O presidente Sukarno foi removido após a CIA apoiar um golpe militar liderado por Suharto.
- Milhares de comunistas foram massacrados e as elites dos EUA garantiram acesso a recursos naturais do país.
5. Chile (1973) – Golpe Contra Salvador Allende
- O presidente socialista Salvador Allende foi derrubado por um golpe militar liderado por Augusto Pinochet, apoiado pela CIA.
- O novo regime alinhou-se aos interesses dos EUA e do FMI, abrindo a economia chilena para investimentos estrangeiros.
6. Afeganistão (1979-2021) – Invasão Soviética, Guerra Civil e Ocupação dos EUA
- Os EUA financiaram e treinaram os mujahideen (incluindo Osama bin Laden) para lutar contra a União Soviética nos anos 1980, e que anos mais tarde seria acusado de ser o mentor do ataque às torres gêmeas, em Nova York. O ataque às Torres Gêmeas ocorreu em 11 de setembro de 2001, quando o grupo terrorista Al-Qaeda, liderado por Osama bin Laden, coordenou uma série de atentados nos Estados Unidos. Quatro aviões comerciais foram sequestrados por 19 terroristas. O ataque derrubou as torres gêmeas, deixou quase 3.000 mortos e levou os EUA a iniciarem a “Guerra ao Terror” que o próprio EUA tinha fomentado anos antes, e que hoje é um mal que assola a todo o mundo: o extremismo.
- Após os atentados de 11 de setembro de 2001, os EUA invadiram o Afeganistão, iniciando um conflito de 20 anos.
- Empresas de armamentos e de reconstrução, como Halliburton e Lockheed Martin, lucraram com a guerra.
7. Iraque (2003) – Invasão e Derrubada de Saddam Hussein
- A guerra foi justificada com alegações falsas de armas de destruição em massa.
- A ocupação beneficiou empresas de petróleo e contratantes militares privados, como a Blackwater.
- O conflito levou à instabilidade duradoura no Oriente Médio.
8. Líbia (2011) – Derrubada de Muammar Gaddafi
- A OTAN, sob forte influência dos EUA, apoiou rebeldes para derrubar Gaddafi, que queria criar um sistema monetário baseado no ouro para rivalizar com o dólar.
- O país entrou em colapso, tornando-se um reduto de grupos terroristas e tráfico de escravos.
9. Síria (2011 – Presente) – Guerra Civil
- O governo dos EUA financiou rebeldes islâmicos para derrubar Bashar al-Assad, mas muitos desses grupos eram ligados à Al-Qaeda e ao ISIS.
- O conflito beneficiou o complexo industrial-militar e serviu para enfraquecer a influência russa na região.
10. Ucrânia (2014) – Derrubada de Viktor Yanukovich e o Conflito Atual
- Em 2014, os EUA apoiaram os protestos da Euromaidan, que levaram à queda do presidente Viktor Yanukovich, que era pró-Rússia.
- Isso abriu caminho para um governo mais alinhado com a OTAN e para a escalada do conflito com a Rússia.
Á lista é interminável. No Brasil, um dos períodos mais sombrios de nossa história, o golpe militar de 1964 no Brasil, que resultou na implantação da ditadura militar (1964-1985), é frequentemente associado à influência do Deep State, especialmente por meio da CIA e do governo americano. Há diversas evidências de que os EUA planejaram, financiaram e apoiaram o golpe para impedir que o Brasil seguisse um caminho socialista ou nacionalista, semelhante ao que ocorria em Cuba com Fidel Castro.
“Nossos inimigos não são a Rússia e a China, mas sim aqueles que perpetuam guerras e mataram meu pai e meu tio”, diz Kennedy Jr.
Robert F. Kennedy Jr. denuncia o chamado “estado profundo”, que assassinou o ex-presidente John Kennedy e seu pai Bobby Kennedy, diz matéria do Jornal Brasil 247.

Eis a íntegra da publicação de Kennedy Jr.:
Este tweet corre o risco de ser denunciado e restrito, mas vejo a necessidade de dizê-lo em alto e bom som:
Nosso verdadeiro inimigo não é a Rússia ou a Ucrânia. Nem mesmo a China.
São aqueles que induziram e tentaram perpetuar guerras – para que possam lavar bilhões do nosso dinheiro em seus próprios bolsos.
São aqueles que financiaram revoltas e instabilidade em todo o mundo por meio da USAID.
São aqueles que cometeram crimes indescritíveis contra crianças em uma ilha e se colocaram acima da lei.
São aqueles que manipulam as pessoas com propaganda interminável – usando nossos impostos.
São aqueles que semearam tanta divisão entre nosso próprio povo.
São aqueles que atiraram na cabeça do meu pai, do meu tio e de Donald Trump.
São aqueles que envenenaram nosso próprio povo por anos, apenas para lucrar mais.
Eles são o mesmo grupo de pessoas.
E nós não pararemos até despedaçá-los, o “deep state”, em mil pedaços e recuperar nosso país.
