Publicado em 02/03/2025, 09:30h

As ameaças do governo Trump de anexar o Canadá geraram uma onda de indignação entre os canadenses, que veem a proposta como uma afronta direta à soberania do país. A retórica agressiva da Casa Branca intensificou tensões diplomáticas, e provocou reações imediatas dentro do Canadá. Em resposta, o governo de Quebec rompeu um contrato com a empresa de Elon Musk, demonstrando sua oposição a qualquer alinhamento com aliados de Trump. A população e as lideranças políticas canadenses reforçaram seu compromisso com a independência nacional, enquanto especialistas alertam para o risco de um aprofundamento da crise entre os dois países, o que, de fato, vem se dando, com imposição de sanções econômicas de 25% em produtos e serviços fornecidos por ambos os lados.

O Canadá é um dos países que integram a Comunidade das Nações e reconhece o monarca britânico como seu chefe de Estado, assim como a Austrália e outros territórios do antigo Império Britânico. Embora possua plena soberania e governo próprio, o Canadá mantém laços históricos e institucionais com o Reino Unido. Em caso de ameaça externa, cabe ao Reino Unido, como potência central da Commonwealth, atuar na defesa de seus membros. Esse vínculo, à princípio, fortalece a posição do Canadá no cenário internacional, pelo apoio estratégico em eventuais crises geopolíticas. A questão é se o Reino Unido, um dos Estados europeus mais que atrelados às políticas intimidatórias e abusivas dos Estados Unidos, cumpririam seu papel institucional se pautando ao lado dos Canadenses em caso de uma agressão americana. Nós acreditamos que não.

Donald Trump também ambiciosa, desde o seu primeiro mandato, incorporar ao território dos Estados Unidos a rica e estratégica Groenlândia. De forma agressiva, ele voltou a propor à Dinamarca a compra da ilha, alegando que os residentes nacionais da Groenlândia estão ansiosos em se tornarem americanos, o que não é verdade. Pesquisa recente mostra que a maioria dos residentes da Groenlândia abominam a ideia de fazer parte dos Estados Unidos da América. O que se discute na Groenlândia é se, por ser um território autônomo da Dinamarca, a maioria dos habitantes nacionais quer ser independente ou não. Quanto a proposta de Trump, ela foi rapidamente rejeitada, mais uma vez, pelo governo dinamarquês, que considerou a ideia absurda.

Nessa matéria da Sputnik foi publicado que o Canadá deve buscar proteção nuclear contra os Estados Unidos, segundo o ex-chanceler Chrystia Freeland, A ex-ministra das Relações Exteriores do Canadá apelou a Ottawa para recorrer às potências nucleares europeias como dissuasão contra os Estados Unidos “predatórios”.

A ex-vice-primeira-ministra e antiga chanceler do governo de Justin Trudeau é candidata à sucessão do líder do Partido Liberal.

Você pode ler a matéria completa da Sputnik nesse link aqui.

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