13 de abril de 2023, 18:47h

Crime de Lesa Pátria: FUP e Anapetro vão à CVM e ao TCU contra a venda da PetroSix. Esse foi o título de nosso artigo sobre a espionagem e furto da tecnologia desenvolvida durante 30 anos e que, segundo acusações públicas, isso desde 2007-2008, teria como autor o pai da juiza Gabriela Hardt, Jorge Hardt Filho.

O coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, afirmou que “as denúncias são muito graves e confirmam que a venda da SIX para a empresa canadense Forbes & Manhattan Resources Inc é mais um crime cometido contra o patrimônio nacional”. Além disso, Bacelar disse que a luta contra a privatização da SIX ainda não acabou, e que há ações judiciais em andamento e denúncias na CVM e no TCU em razão de privilégios obtidos pela F&M na compra da unidade e do prejuízo que essa transação representa ao erário.

Pai de Gabriela Hardt é suspeito de roubar tecnologia da Petrobrás e vendê-la no exterior

De acordo com o jornalista Leandro Demori, a ação de Jorge Hardt e outros três indivíduos resultou em investigações sobre pirataria industrial, uso indevido de documentos secretos e venda de tecnologia de transformação de xisto. Jorge Hardt é o pai da juíza Gabriela Hardt, que substituiu Sergio Moro na Lava Jato.

Segundo a denúncia, Jorge Hardt obteve documentos confidenciais da Petrobrás, que levaram à trama de venda de um processo de transformação de xisto que seria uma cópia do Petrosix. Gabriela Hardt foi responsável pelos processos da Lava Jato na 13ª Vara Federal de Curitiba, mas a atuação de seu pai no esquema passou despercebida pelos responsáveis pela operação.

A denúncia do deputado Renato Freitas

Nesse vídeo da Mídia Ninja mostrado abaixo, o deputado estadual pelo Paraná. Renato Freitas, detalha e historia esse escabroso caso, uma crime de lesa pátria, de espionagem na Petrobrás feita – segundo acusações – por Jorge Hard Filho, que teria sido descoberto ainda no governo Lula (2007-2008), no qual foi decidido, como decisão de Estado, que a Petrobrás nunca mais faria negócios com os envolvidos. Entretanto, durante o Governo Bolsonaro, o grupo financeiro estrangeiro que estava envolvido nessa maracutaia foi “abençoado” pelo Governo Bolsonaro, comprando a Petrosix e a sua valiosa tecnologia, que interessa a vários países, por meros R$ 200 milhões, isto é, um ano de lucro da Petrosix. Assistam ao vídeo. Chocante e revoltante.

Roubo na Lava Jato! Dep. Renato Freitas explica espionagem na Petrobrás feita por Jorge Hardt

A Conjugação do Verbo Furtar

“… Conjugam por todos os modos o verbo; porque furtam por todos os modos da arte, não falando em outros novos e esquisitos, que não conheceu Donato nem Despautério. Tanto que lá chegam, começam a furtar pelo modo indicativo, porque a primeira informação que pedem aos práticos é que lhes apontem e mostrem os caminhos por onde podem abarcar tudo. Furtam pelo modo imperativo, porque, como têm o mero e misto império, todo ele aplicam despoticamente às execuções na rapina. Furtam pelo modo mandativo, porque aceitam quando lhes mandam; e para que mandem todos, os que não mandam não são aceitos. Furtam pelo modo optativo, porque desejam quanto lhes parece bem; e gabando as cousas desejadas aos donos delas, por cortesia sem vontade as fazem suas. Furtam pelo modo conjuntivo, porque ajuntam o seu pouco cabedal com o daqueles que manejam muito; e basta só que ajuntem a sua graça, para serem, quando menos, meeiros na ganância. Furtam pelo modo potencial, porque, sem pretexto nem cerimónia, usam de potência. Furtam pelo modo permissivo, porque permitem que outros furtem e estes compram as permissões. Furtam pelo modo infinitivo, porque não tem fim o furtar com o fim do governo, e sempre lá deixam raízes em que se vão continuando os furtos. Estes mesmos modos conjugam por todas as pessoas; porque a primeira pessoa do verbo é a sua, as segundas os seus criados e as terceiras, quantas para isso têm indústria e consciência. Furtam juntamente por todos os tempos, porque do presente (que é o seu tempo) colhem quanto dá de si o triénio; e para incluírem no presente o pretérito e o futuro do pretérito desenterram crimes de que vendem os perdões, e dívidas esquecidas de que se pagam inteiramente; e do futuro empenham as rendas e antecipam os contratos, com que tudo o caído e não caído lhes vem a cair nas mãos. Finalmente, nos mesmos tempos que lhes escapam os imperfeitos, perfeitos, plusquam perfeitos, e quaisquer outros, porque furtam, furtaram, furtavam, furtariam e haveriam de furtar mais, se mais houvesse. Em suma que o resumo de toda esta rapante conjugação vem a ser o supino do mesmo verbo: a furtar para furtar. E quando eles têm conjugado assim toda a voz activa, e as miseráveis províncias suportado toda a passiva, eles, como se tiveram feito grandes serviços, tornam carregados de despojos e ricos; e elas ficam roubadas e consumidas…”

Parte do Sermão do Bom Ladrão VIII, pregado na Igreja da Misericórdia de Lisboa (Conceição Velha), no ano de 1655.

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