De onde vem tantos recursos financeiros e humanos para a Coreia do Norte já ter dominado, faz vários anos, a produção de artefatos nucleares, cada vez mais potentes, e de mísseis de médio e longo alcance com capacidade nuclear? E agora essa surpreendente noticia da Sputnik, que mostra o resultado do desenvolvimento e teste bem sucedido, pela diminuta e empobrecida Coreia do Norte, de um drone submarino com capacidade nuclear.

08 de abril de 2023, 11:55h

De acordo com a mídia da Coreia do Norte, foi realizado um teste bem-sucedido de um novo “sistema de arma estratégica subaquática”. Este fato ocorreu em um momento de grande tensão regional com Seul e Washington.

No último sábado (8), a agência norte-coreana KCNA informou que o país havia realizado um novo teste de um drone de ataque submarino com capacidade nuclear, chamado Haeil-2. Durante os dias 4 a 7 da semana anterior, a arma não tripulada percorreu 1.000 km em 71 horas e 6 minutos, conseguindo atingir um alvo simulado com sucesso.

O teste realizado, segundo a fonte, demonstrou a confiabilidade desse sistema de arma estratégica subaquática e sua capacidade de infligir um ataque fatal, o que seria útil para conter as ações militares contra a Coreia do Norte.

Nos últimos meses, a Coreia do Norte tem testado regularmente várias armas, incluindo mísseis balísticos intercontinentais, e intensificou suas atividades militares em resposta aos exercícios militares conjuntos entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul.

O drone submarino da República Popular da Coreia, chamado Haeil-1, segundo o professor sul-coreano Kim Dong-yup, teria a capacidade de atingir as bases dos EUA no Japão e em Guam.

Desenvolvimento Nuclear do Coreia do Norte

O desenvolvimento nuclear da Coreia do Norte é um assunto que tem gerado grande preocupação na comunidade internacional. Desde a década de 1980, o país tem buscado desenvolver armas nucleares, embora tenha negado isso oficialmente até 2005.

Em 2006, a Coreia do Norte realizou seu primeiro teste nuclear, seguido por outros em 2009, 2013, 2016 e 2017. Esses testes levaram a uma série de sanções internacionais contra o país.

O programa nuclear da Coreia do Norte é liderado pelo Comitê de Energia Atômica, que é responsável por supervisionar todas as atividades nucleares do país. Acredita-se que a Coreia do Norte tenha plutônio suficiente para produzir entre 20 e 30 armas nucleares, além de já ter desenvolvendo mísseis balísticos de médio e longo alcance capazes de transportar essas armas, que já teriam sido miniaturizadas..

Em 2018, a Coreia do Norte e os Estados Unidos iniciaram negociações sobre a desnuclearização da península coreana, mas essas conversas não tiveram sucesso. Desde então, a Coreia do Norte realizou testes adicionais de mísseis e afirmou ter desenvolvido um novo míssil balístico intercontinental capaz de atingir os Estados Unidos.

O desenvolvimento nuclear da Coreia do Norte é um assunto muito complexo e controverso. Embora o país afirme que seu programa nuclear é pacífico, as evidências mostram muitos que a Coreia do Norte está desenvolvendo armas nucleares como meio de proteção contra seus inimigos e para aumentar sua influência na região.

Essa estratégia de contenção da Coreia do Norte pela dissuasão nuclear, contra seus inimigos mais notórios, isto é, os Estados Unidos, a Coreia do Norte e o Japão, parece estar sendo exitosa, especialmente nesse momento onde o mundo caminha a passos largos para a multipolaridade, onde os Estados Unidos, ou pela força ou pelos dólares, parece cada vez mais não dar todas as cartas.

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