O jornalista Xico Sá denunciou o esquema de sabotagem bolsonarista no segundo turno das eleições de 2022.
03 de abril de 2023, 19:22h
O jornalista Xico Sá denunciou o esquema de sabotagem bolsonarista no segundo turno das eleições de 2022. A Polícia Federal descobriu um documento de inteligência produzido por Anderson Torres com mapa detalhado dos locais onde Lula venceu no 1º turno.
“Um mapa sobre a votação de Lula no 1º turno e como IMPEDIR que eleitores votassem no 2º turno. O maior crime eleitoral da história do voto no Brasil”, escreveu o jornalista no Twitter.
Após o primeiro turno das eleições, a então diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, delegada Marília Alencar, teria enviado um relatório ao ex-ministro com informações sobre as cidades em que Lula teve mais votos, a fim de esquematizar operações da PRF.
Em relação à “minuta do golpe”, encontrada em sua casa pela Polícia Federal, que dava aval jurídico para que o ex-presidente Jair Bolsonaro contestasse a eleição, Torres afirmou que sua secretária lhe entregou o documento. No entanto, em seu depoimento à PF, a secretária negou ter entregue qualquer documento ao ex-ministro.
Ao mesmo tempo, outro foco de complicações para o ex-ministro é o seu envolvimento mais direto com o processo eleitoral do que se imaginava. As investigações continuam e Torres se encontra cada vez mais em apuros.
De acordo com a notícia, a Polícia Federal fez uma descoberta recente que se trata de um “boletim de inteligência” produzido pela ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, Marília Alencar. Ela é uma delegada que posteriormente trabalhou com Torres na Secretaria de Segurança do Distrito Federal.
O documento em questão foi produzido em outubro e trazia detalhes sobre os locais em que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia sido mais votado no primeiro turno das eleições. Para os investigadores, o material foi utilizado pelo ex-ministro para colocar em prática uma tentativa de impedir que os eleitores chegassem a esses locais de votação, o que culminou na famosa operação realizada pela Polícia Rodoviária Federal no dia 30 de outubro.
A investigação sobre o assunto ganhou impulso quando a delegada tentou apagar o “boletim de inteligência” do seu celular, mas parte do material foi recuperado pela Polícia Federal.
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