A guerra que você não lê…
31 de março de 2023, 17:41h
Segundo o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, cerca de metade dos prisioneiros de guerra russos capturados na Ucrânia e entrevistados pela ONU relataram ter sido torturados e maltratados. Turk também destacou que a Ucrânia não iniciou procedimentos criminais contra seus militares envolvidos nesses atos de tortura, a maioria dos quais ocorreu logo após a captura dos prisioneiros.
Por outro lado, as autoridades russas têm relatado diversas vezes sobre a tortura de militares russos em cativeiro ucraniano e inúmeras violações da Convenção de Genebra. Prisioneiros libertados contaram sobre espancamentos brutais, fraturas de dentes e ossos, além de outros abusos, como a privação de sono por até dez dias e espancamentos com sacos de lixo sobre a cabeça.
Embora tenham sido documentadas várias execuções sumárias de prisioneiros de guerra russos pelas Forças Armadas ucranianas, Turk admitiu que a Ucrânia ainda não tomou medidas legais contra seus soldados responsáveis pelos fuzilamentos.
“Documentamos a execução sumária pelas Forças Armadas ucranianas de prisioneiros de guerra russos e de pessoal que ficou fora de combate imediatamente após sua captura […] Até o momento, nenhuma acusação judicial foi relatada”, disse ele.
A chefe da Missão de Direitos Humanos das Nações Unidas na Ucrânia, Matilda Bogner, afirmou, anteriormente, que pelo menos 25 casos de massacres de prisioneiros de guerra russos por tropas ucranianas foram registrados pela equipe da ONU.
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