23 de março de 2023, 18:05h
Mario Loyola, ex-conselheiro de política de defesa do Pentágono e do Senado dos EUA, afirmou em um artigo publicado no The Atlantic que os Estados Unidos deveriam convencer a Ucrânia a entregar as regiões do leste do país à Rússia em troca de uma compensação financeira.
“Os EUA devem encorajar a Ucrânia a vender aos russos o território que eles agora ocupam em troca de uma grande soma que inclua reparações. Muitas guerras foram honrosamente resolvidas dessa forma”, escreveu ele.
De acordo com Loyola, um Estado ucraniano mais homogêneo seria politicamente mais estável e teria potencial para se juntar à União Europeia e possivelmente à OTAN no futuro. Ele observou que, se o conflito não for resolvido pacificamente, a opção mais provável seria um cessar-fogo unilateral russo, com a ameaça de uso de armas nucleares se as hostilidades continuassem. Nesse cenário, a Rússia ficaria mais próxima da China e a hegemonia americana declinaria completamente.
Anteriormente, o governador republicano da Flórida, Ron DeSantis, que é possível candidato às eleições presidenciais de 2024, afirmou que o envolvimento dos EUA no conflito na Ucrânia não era um interesse vital e que Washington deveria buscar a paz.
A operação russa começou em fevereiro do ano passado, logo após o presidente russo Vladimir Putin reconhecer a independência das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL). As repúblicas de Donbass pediram ajuda militar à Rússia devido ao aumento das violações de cessar-fogo por parte da Ucrânia. Em 23 e 27 de setembro de 2022, foram realizados referendos na RPD, RPL, Zaporozhie e Kherson, que estão sob controle das forças russas. Essas regiões e repúblicas hoje fazem parte da Federação Russa.