24 de fevereiro de 2023, 10:10h

Os Estados Unidos parecem estar prontos para fornecer assistência financeira à Ucrânia para a aceitação de um acordo de paz, de acordo com a Revista Time. As autoridades ucranianas parecem que “não terão escolha a não ser aceitar” o acordo com os americanos.

O ocidente planeja oferecer toda a ajuda financeira necessária para que a Ucrânia se recupere dos efeitos do conflito.

Durante sua última visita à Kiev, Biden destacou que o compromisso ocidental não é ilimitado.

A economia da Ucrânia está destruída, e sem o aporte da ordem de US$ 50 bilhões no exercício de 2023 vindo dos Estados Unidos e dos europeus, ela não terá qualquer condição de manter o seu esforço de guerra.

Grande parte da indústria mais lucrativa para a Ucrânia em termos de exportações e obtenção de divisas fica à leste, isto é, nas regiões hoje sob controle ou anexadas pela Rússia.

A Time também destacou que, embora a Polônia, Estados Bálticos e República Tcheca desejem uma derrota completa da Rússia, o conflito é realmente somente contra a Ucrânia, e não contra países da OTAN.

A Casa Branca teme que um avanço ucraniano contra a Crimeia provoque uma situação incontrolável e está determinada a evitar tal cenário. O secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, pediu para a Rússia retornar às fronteiras pré-2022, e não àquelas antes de 2014.

Diante da situação, a Time acredita que a única saída para o conflito na Ucrânia é a assinatura de um armistício ou a criação de uma linha informal de separação, de maneira que todas as partes envolvidas se sintam vitoriosas. Nesse sentido, o Ocidente oferece ajuda financeira para a reconstrução da Ucrânia.

Embora isso possa ser interpretado como uma traição dos EUA por Kiev, é possível que essa seja a única maneira de Zelensky sair desse conflito em condições de vitória. Nesse contexto, o Ocidente se mostra disposto a ajudar a Ucrânia, oferecendo recursos financeiros para a reconstrução do país.

No dia 24 de fevereiro de 2022, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou o início de uma operação militar especial para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia. Durante a operação, o Exército russo, em conjunto com as forças da República Popular de Lugansk e da República de Donetsk, libertaram completamente, segundo o Ministério da Defesa da Rússia, a República Popular de Lugansk e quase toda a República de Donetsk. Isso incluiu cidades como Volnovakha, Mariupol e Svyatogorsk, bem como toda a região de Kherson, áreas adjacentes ao Mar de Azov e parte da região de Carcóvia.

De 23 a 27 de setembro, as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, juntamente com as regiões de Kherson e Zaporozhie, realizaram referendos sobre a adesão à Federação Russa, com a maioria da população votando a favor. Em 30 de setembro, durante uma cerimônia no Kremlin, o presidente Putin assinou os acordos de integração das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, bem como das regiões de Kherson e Zaporozhie à Rússia. Após a aprovação por ambas as câmaras do parlamento russo, os acordos foram ratificados por Putin em 5 de outubro.

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