CUT, Centrais Sindicais e Movimentos Populares promovem ato pela queda da taxa básica de juros e mais representatividade de trabalhadores e trabalhadoras no país.

18 de março de 2023, 16:00h

Por juros mais baixos, povo vai às ruas na próxima terça-feira (21). Foto: Site do PT.

Contra a exorbitante taxa de juros praticada pelo Banco Central (BC) e a favor da democratização do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (CARF), trabalhadores e trabalhadoras do Brasil vão às ruas na próxima terça-feira, 21.

O ato por uma taxa de juros mais justa para o povo brasileiro é organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), por centrais sindicais e pelos movimentos populares.

O protesto para reivindicar a queda da taxa básica de juros (Selic), que atualmente está em 13,75% ao ano, e a democratização do CARF deve acontecer em todas as regiões do país.

A mobilização nacional também pede pela saída do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, aliado de Bolsonaro.

Sindicalistas e representantes das centrais sindicais Força Sindical, CTB, UGT, CSB, NCST, CSP Conlutas, Intersindical, A Pública e os movimentos Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular ressaltam que a alta taxa de juros paralisa a economia e impede o país de crescer, gerar emprego, distribuir renda e facilitar o acesso ao crédito.

Leia mais: Juros altos do Banco Central sabotam economia brasileira

“O presidente Lula está absolutamente certo sobre sua visão sobre como as altas taxas de juros reais enfraquecem a economia”, diz Joseph Stiglitz

Joseph Stiglitz, vencedor do Prêmio Nobel de Economia, apoiou a posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua luta contra as altas taxas de juros estabelecidas pelo Banco Central.

Em entrevista à CNN, Stiglitz disse que as taxas elevadas não são justificáveis ​​nem no Brasil nem nos Estados Unidos, pois o aumento dos juros não é a solução para combater as causas da inflação em ambos os casos.

Na próxima semana, o vencedor do Prêmio Nobel de Economia virá ao Brasil para participar de um seminário organizado pelo BNDES e pela Fiesp, que discutirá os efeitos das taxas de juros na economia. É esperado que sua fala seja pautada pela defesa de que o nível atual das taxas é contraproducente.

“Ex-economista-chefe do Banco Mundial e presidente do Conselho de Assessores Econômicos no governo Clinton, ele é um forte crítico do pensamento liberal e da teoria de Adam Smith sobre a mão invisível e a autorregulação do mercado, segundo a qual os mercados funcionam de maneira ótima, sem a necessidade de intervenção do Estado”, destaca reportagem da CNN.

O presidente da CUT, Sérgio Nobre, convoca a sociedade para participar dos atos em cidades que tenham sede do Banco Central. Veja abaixo:

“Menos juros é mais investimento, mais emprego, mais saúde, mais educação. Menos juros é melhoria na vida dos brasileiros. Participe, pois discutir a economia do nosso país é importante para o trabalhador. manifeste-se também!”.

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