O Irã reage e resiste.
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Por Política em Debate I Brasília
Em 17/06/2025, 11h45 I Leitura 2 min
O professor Seyed Mohammad Marandi é um dos mais respeitados analistas geopolíticos do Oriente Médio. Doutor pela Universidade de Birmingham e professor da Universidade de Teerã, Marandi atua como conselheiro em negociações nucleares e tem sido uma das principais vozes contra a propaganda de guerra ocidental. Suas análises, frequentemente censuradas ou distorcidas pela grande mídia, têm como base dados técnicos, conhecimento estratégico e experiência direta na arena política iraniana.
Na entrevista mais recente ao canal Danny Haiphong (YouTube – Resposta do Irã DETONOU Israel e EUA), o professor Marandi desmonta a narrativa ocidental sobre o conflito em curso entre Israel e Irã, já em seu quinto (ou sexto) dia. Segundo ele, o que iniciou esse embate foi mais um ataque terrorista de Israel — proxy militar dos EUA — contra o Irã, o que desencadeou a retaliação iraniana de forma vigorosa, estratégica e bem-sucedida.
“Israel perdeu o fator surpresa. O Irã está preparado, as defesas foram reforçadas, e o povo está unido como não se via há décadas”, afirma Marandi.
Mísseis atravessaram as defesas israelenses
Marandi relata que os ataques iranianos romperam o sistema defensivo israelense – “domo de ferro“- de maneira significativa. Mesmo com suporte dos EUA, Jordânia, Catar, Bahrein e bases da OTAN na Turquia, Israel não conseguiu conter o impacto. Tel Aviv foi atingida no “coração do regime”, afetando o moral da elite sionista e de seus apoiadores ocidentais.
O professor também destaca a superioridade estratégica do Irã: muitos dos mísseis partiram de bases subterrâneas, com alvos militares bem definidos, e causaram danos psicológicos profundos ao regime israelense, sem recorrer à destruição indiscriminada de civis — como faz sistematicamente Tel Aviv em Gaza, Líbano e Síria.
O Ocidente mente. E perde a guerra informacional
Para Marandi, a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) está politizada e atua como ferramenta do Ocidente para atacar o Irã, mesmo sabendo que as instalações nucleares iranianas estão sob monitoramento e não têm fins militares. Enquanto isso, Israel mente descaradamente sobre suas ogivas e assassina cientistas iranianos impunemente, com apoio tácito da mídia ocidental e da Casa Branca.
“A propaganda ocidental diz que o povo iraniano se rebelaria. Mas o que vemos são milhões nas ruas apoiando o governo, os mártires e a luta contra o opressor.”
O Irã não quer mais negociar com trapaceiros
Marandi também denuncia a hipocrisia dos EUA: enquanto fingem mediar a paz, apoiam ativamente o genocídio palestino e os ataques a civis iranianos. O Irã, segundo ele, decidiu não negociar mais com um império que mente, manipula e trai sistematicamente seus próprios compromissos.
“Trump, Biden, Obama — todos mentiram. Todos financiaram guerras por procuração e apoiaram Israel incondicionalmente. Agora o mundo inteiro está vendo quem são os verdadeiros monstros.”
Fim do apartheid israelense: uma questão de tempo
Ao final da entrevista, Marandi traça um paralelo com a batalha histórica de Karbala, reforçando que o povo iraniano não será intimidado por sanções, mísseis ou mentiras. Pelo contrário: a resistência crescerá.
“Estamos diante do início do fim. O regime israelense não é sustentável. Seus apoiadores verão o colapso do apartheid. Gaza é o clarão do entardecer de um império decadente.”
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