
Por Política em Debate I Brasília
Em 01/06/2025, 12h30 I Leitura 2 min
Musk: A “economia” em gastos de US$ 150 bilhões virou, na real, uma perda de US$ 135 bilhões em produtividade

Elon Musk, que já foi símbolo de inovação, hoje é retrato de autodestruição e incompetência política e empresarial. No artigo anterior publicado em nosso blog, detalhamos como sua passagem meteórica pelo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) foi marcada por promessas grandiosas, fracassos retumbantes e episódios constrangedores — do olho roxo exibido na Casa Branca à associação tóxica com a extrema direita trumpista.

Agora, um novo dado escancara o tamanho do desastre: a inteligência artificial Grok, desenvolvida pela própria xAI de Musk, fez uma análise devastadora. Segundo Grok, o corte nos gastos federais que Musk reivindicou (provavelmente inflados) de US$ 150 a 160 bilhões, à frente do DOGE, não só foram pífios diante da meta inicial de US$ 2 trilhões que depois virou US$ 1 trilhão, mas, na verdade, gerou uma perda de eficiência e produtividade de US$ 135 bilhões para a economia americana. O resumo da “ópera” é que Musk à frente do DOGE foi um fracasso. O ganho real na redução dos gastos públicos foi praticamente nulo.
Ou seja: a obsessão por cortes imediatistas, sem planejamento e sem avaliação de impacto, destruiu valor público, desmontou agências essenciais e comprometeu serviços estratégicos. A economia que Musk vendeu como “gestão eficiente” virou, na prática, pó, fumaça — um tiro no pé que custou caro ao contribuinte e à reputação dos EUA como potência administrativa. O legado de Musk no governo foi o da destruição de valor, não de sua criação.
No setor privado, o cenário é igualmente sombrio. A Tesla perdeu espaço para concorrentes chinesas como a BYD, viu suas ações despencarem e sua imagem ser corroída por escândalos e rejeição crescente. A SpaceX, que prometia revolucionar a exploração espacial, coleciona fracassos operacionais. E o Twitter (agora X), comprado por US$ 44 bilhões, depois da aquisição por Musk chegou a valer menos de US$ 10 bilhões, tendo perdido grande parte do público para plataformas concorrentes — inclusive no Brasil.
Como se não bastasse, Musk ainda enfrenta acusações sérias de uso de drogas como cetamina, ecstasy e cogumelos alucinógenos durante sua passagem pelo governo Trump, o que teria afetado sua saúde e comportamento. Embora ele negue uso recreativo, a suspeita reforça a imagem de um bilionário errático, fora de controle e, agora, responsável por um dos maiores desastres de gestão pública da história recente americana.
A metáfora do olho roxo, exibido com orgulho diante das câmeras, resume bem o momento: Musk apanhou da própria arrogância. E quem paga a conta é a sociedade.