Uma homenagem….
O Ser Humano na Terra” (The Human Comedy)
“In the time of your life, live—so that in that good time there shall be no ugliness or death for yourself or for any life your life touches. Seek goodness everywhere, and when it is found, bring it out of its hiding place and let it be free and unashamed.”
(De “The Time of Your Life”, peça teatral de William Saroyan)
Ou, em uma tradução livre para o português:
“No tempo de sua vida, viva—para que nesse bom tempo não haja feiura ou morte para você ou para qualquer vida que sua vida toque. Procure a bondade em toda parte, e quando a encontrar, traga-a de seu esconderijo e deixe-a livre e sem vergonha.”
Por Política em Debate I Brasília
Em 25/05/2025, 20h20 I Leitura 2 min
A notícia da morte do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, divulgada em 24 de maio de 2025, abalou o mundo artístico, jornalístico e ambiental. Reconhecido internacionalmente por suas imagens impactantes, Sebastião Salgado deixa um legado inestimável, não apenas para a fotografia, mas também para a reflexão sobre a humanidade e a preservação da natureza.
Sebastião Ribeiro Salgado Júnior foi um fotógrafo documental e fotojornalista brasileiro, nascido em 8 de fevereiro de 1944, em Aimorés, Minas Gerais, e faleceu em 23 de maio de 2025, em Paris, aos 81 anos. Formado em Economia, iniciou sua carreira fotográfica profissional em 1973, em Paris, trabalhando para importantes agências como Gamma, Sygma e Magnum Photos. Ele ficou mundialmente conhecido por suas imagens em preto e branco que documentaram a condição humana, conflitos, trabalho e meio ambiente em mais de 120 países, com destaque para obras como “Outras Américas”, “Trabalhadores” e “Êxodos”. Sua trajetória foi marcada por um compromisso profundo com as causas sociais e ambientais, além de um estilo visual único que lhe rendeu reconhecimento internacional e diversas honrarias.
O Fotógrafo das Grandes Histórias
Sebastião Salgado era mais do que um fotógrafo: era um contador de histórias visuais. Suas lentes capturaram a essência da condição humana e as belezas — e dores — do planeta. O The New York Times destacou que Salgado foi um dos fotógrafos mais honrados do mundo, com trabalhos realizados em mais de 120 países, especialmente na floresta Amazônica e em regiões de conflito.
Uma Vida de Coragem e Dedicação
A trajetória de Salgado foi marcada por coragem e resistência. Segundo o The Guardian, ele se arriscou em zonas de guerra, explodiu em uma mina durante a guerra colonial portuguesa em Moçambique, adoeceu com malária na Indonésia, enfrentou temperaturas de -45°C no Ártico russo e caminhou a pé por cerca de 1.000 km na Etiópia. Sua dedicação ao trabalho era total, muitas vezes colocando sua própria vida em risco para registrar a verdade do mundo.
Beleza e Esperança em Meio à Brutalidade
Apesar de registrar a dureza da vida, Salgado sempre buscou transmitir esperança e beleza. O jornal francês Le Figaro ressaltou que, mesmo diante da brutalidade do mundo, seu olhar fotográfico era capaz de revelar a beleza que precisa ser vista, procurada e protegida. Seu trabalho sempre trouxe à tona a necessidade de preservar o planeta e valorizar a dignidade humana.
O Legado de Sebastião Salgado
Salgado não foi apenas um artista; foi também um ativista. Ao lado da esposa, Lélia Wanick Salgado, liderou projetos de reflorestamento e defesa ambiental, como o Instituto Terra, que recuperou áreas degradadas do Vale do Rio Doce, em Minas Gerais.
Sua morte representa uma perda irreparável, mas seu legado permanece vivo em cada imagem, em cada projeto e na inspiração que deixa para fotógrafos, ambientalistas e todos que acreditam em um mundo mais justo e sustentável.
Sebastião Salgado nos ensinou a ver o mundo com sensibilidade e compromisso. Que sua obra continue a nos inspirar a buscar a beleza, a justiça e a proteção do nosso planeta.
