
Por Política em Debate I Brasília
Em 26/04/2025, 17:43h I Leitura: 1 min.
Em janeiro de 2025, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em entrevista à CNN Brasil que “não compraria dólar acima de R$ 5,70.
O dólar registrou sexta queda seguida na sexta-feira (25), fechando cotado a R$ 5,671 frente ao real, conforme dados de fechamento ajustados, após atingir R$ 5,68 em fontes preliminares. O movimento consolida a menor cotação desde março de 2025, com o mercado reagindo a sinais de distensão comercial EUA-China e desaceleração inflacionária doméstica.

Panorama completo:
▸ Trajetória de abril: Após oscilações no início do mês (chegando a R$ 6,06 em 9/04), a moeda norte-americana acumula recuo superior a 2% na semana.
▸ Ibovespa encerrou em 134.739 pontos no dia 25/04, consolidando ganhos semanais de 3,93% – maior patamar desde setembro de 2024.
▸ Dólar turismo acompanhou a tendência, cotado a R$ 5,9145.
Principais drivers:
▸ Alívio geopolítico: Declarações de Trump sobre conversas com a China (embora negadas pelo governo chinês) influenciaram os fluxos para emergentes.
▸ Dados macroeconômicos: IPCA-15 de abril registrou alta de 0,43%, mantendo trajetória de desaceleração.
Análise de mercado:
O cenário combina juros globais declinantes com melhora na percepção de risco Brasil, sustentando fluxos para ativos locais. Investidores monitoram:
▸ Desdobramentos tarifários entre EUA e China
▸ Trajetória do IPCA nos próximos meses
▸ Posicionamento do COPOM frente ao ciclo global de afrouxamento.
Em janeiro de 2025, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em entrevista à CNN Brasil que “não compraria dólar acima de R$ 5,70“, considerando-o caro frente aos fundamentos da economia brasileira.
A trajetória de queda do dólar em abril (-2% semanal) validou indiretamente a tese de Haddad sobre a sobrevalorização da moeda no início do ano, embora o ministro evite atualmente fazer projeções sobre a apreciação ou depreciação do câmbio.
Haddad posteriormente manifestou arrependimento por ter fixado um patamar específico, afirmando em fevereiro que “não deveria ter falado” em R$ 5,70 como referência, já que o câmbio é influenciado por fatores externos.