De Política em Debate

Publicado em 15/04/2025, 17:50h

Não bastou tentar destruir as instituições democráticas do Brasil com violência, vandalismo e ódio orquestrado. Agora, alguns dos fugitivos do 8 de janeiro de 2023 — participantes diretos da tentativa de golpe de Estado incentivada – segundo acusa a PF, a PGR e o STF – por Jair Bolsonaro e seus aliados, resolveram se fazer de vítimas. Presos na Argentina, esses golpistas, fugitivos da justiça brasileira, estão reclamando das condições das penitenciárias locais, como se fossem prisioneiros políticos, e não criminosos em fuga.

Da tentativa de golpe ao tango carcerário. Presos do 08 de janeiro reclamam das prisões argentinas. Outros fugiram da Argentina para o Peru, Equador e mesmo para os Estados Unidos, de onde devem ser deportados por Trump. Uma saga estúpida a favor de quê mesmo? Agora imploram, demagogicamente, por anistia. A estupidez cobra seu preço. E alto.

Segundo reportagem da Carta Capital, o grupo de brasileiros detido no país vizinho alega estar vivendo em “condições precárias” e pede apoio humanitário. O curioso é que não se preocupavam com direitos humanos quando tentavam instaurar uma ditadura no Brasil, destruindo o patrimônio público, invadindo os Três Poderes e pedindo intervenção militar.

Um dos que reclamaram das condições das prisões argentinas foi Wellington Firmino, de 35 anos, que está detido em Ezeiza, na região metropolitana de Buenos Aires, após passar 49 dias em uma carceragem da província de Jujuy, onde foi capturado. Ele disse: “Era uma cela solitária, que não tinha banheiro, tinha apenas um buraco no chão e uma canequinha para tomar banho, um fiozinho d’água. Pernilongo pra todo lado”

Mais ainda: parece que esses bolsonaristas acreditavam que seriam recebidos de braços abertos por Javier Milei, presidente ultradireitista da Argentina. Esqueceram, porém, que nem todos os aliados ideológicos estão dispostos a bancar a ilegalidade dos outros, especialmente quando isso ameaça sua própria estabilidade institucional.

Os golpistas de 8 de janeiro foram parte ativa de um plano antidemocrático, planejado e financiado para abalar as estruturas da República. Fugiram do Brasil não por medo de injustiça, mas por saberem exatamente o que fizeram. Agora, tentam se passar por “perseguidos políticos”, tentando manipular a opinião pública e até a Justiça de outros países.

É por isso que o grito popular precisa continuar ecoando: não à anistia! Não se pode tolerar, relativizar ou esquecer um ato de tamanha gravidade. Golpismo não é opinião. É crime. E crime, ainda mais contra a democracia, deve ser punido com o rigor que a Constituição prevê.

A tentativa de golpe não foi um episódio isolado. Foi o desfecho de anos de ataques às instituições, mentiras em massa, manipulação religiosa e ódio politicamente cultivado. Quem participou disso, seja com a mão, o dinheiro ou o silêncio cúmplice, tem que responder à Justiça brasileira. Aqui e em qualquer lugar.

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