De Política em Debate

Publicado em 03/04/2025, 18:25h

Recentemente, pesquisas como a AtlasIntel e a Genial/Quaest têm apresentado cenários variados, com Lula liderando em alguns casos, mas enfrentando desafios significativos em potenciais segundos turnos contra adversários como Tarcísio de Freitas. No entanto, esses resultados devem ser vistos com cautela, pois o cenário político está sujeito a mudanças drásticas até 2026.

Pesquisa de hoje (03/04) do instituto Genial/Quaest, revelou que 44% dos brasileiros têm mais medo do retorno de Jair Bolsonaro ao poder do que da continuidade de Luiz Inácio Lula da Silva na presidência após 2026. Por outro lado, 41% dos entrevistados afirmaram temer um terceiro mandato de Lula, enquanto 6% disseram ter medo de ambos os cenários e 4% não têm receio de nenhuma das possibilidades.

Atualmente, 62% dos brasileiros acreditam que o presidente não deveria disputar um novo mandato, um crescimento de 10 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior realizada em dezembro de 2024. Apenas 35% consideram que Lula deveria se candidatar novamente.

No cenário eleitoral, Lula lidera as intenções de voto em um eventual segundo turno contra todos os possíveis candidatos da direita, incluindo Bolsonaro. Em uma simulação entre os dois, Lula aparece com 44% das intenções de voto contra 40% do ex-presidente. Outros 13% declararam que votariam em branco ou nulo, e 3% estão indecisos. A pesquisa também destacou o crescimento da popularidade de outros nomes da direita, como Tarcísio de Freitas e Ronaldo Caiado.

Esses dados refletem uma divisão no eleitorado brasileiro. A polarização política permanece intensa e deve moldar o cenário das eleições presidenciais de 2026.

As pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais de 2026, embora possam oferecer um vislumbre do cenário político atual, não possuem relevância significativa no longo prazo. Isso se deve, principalmente, à natureza efêmera da memória política do eleitorado brasileiro, que tende a se concentrar em questões imediatas e sensíveis, como o aumento do custo de vida.

A inflação, especialmente o custo da alimentação, é um fator crucial que pode alterar drasticamente a percepção dos eleitores sobre os candidatos. Se o governo atual não conseguir controlar, em especial, o custo dos alimentos, a popularidade de Lula deve sofrer ainda mais. Fatores como segurança pública e o combate à corrupção são uma preocupação constante para a população, e qualquer falha na percepção que o eleitorado tem do efetivo empenho em se agir de forma eficaz, pode afetar a imagem do candidato e até custar uma eleição.

Campanhas de fake news, sabidamente já demonstraram seu papel destrutivo nas eleições anteriores, e podem novamente influenciar a percepção dos eleitores, especialmente em um contexto onde a desinformação se espalha rapidamente pelas redes sociais.

Embora as sondagens políticas possam oferecer uma visão geral do momento político, elas não capturam a complexidade e a dinâmica do processo eleitoral. A verdadeira batalha política só começará a se desenhar mais claramente à medida que as eleições se aproximarem, e os fatores mencionados acima terão um papel decisivo na definição do resultado final.

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