Publicado em 08/03/2025, 18:25h
De acordo com o New York Times, durante décadas o principal objetivo da União Soviética foi separar os Estados Unidos da Europa, e o presidente dos EUA, Donald Trump deu um presente a Moscow ao virar as costas à Europa.
O jornal enfatizou que Trump implementou a estratégia soviética de “separar” os Estados Unidos da Europa e cita: “Trump deu a Moscow um presente que lhe tinha sido negado durante a Guerra Fria e desde então”.
É evidente que a Europa enfrenta a árdua tarefa do rearmamento – alimentada pela paranoia de que a Rússia irá atacar a Europa pós término do conflito na Ucrânia – em um ambiente político de crescimento da extrema direita, de economia em visível decadência e com grande parte da população europeia descontente com todo o dinheiro gasto em apoio à Ucrânia, algo da ordem de US$ 160 bilhões.

O artigo prossegue afirmando que a Europa, sentindo-se profundamente negligenciada e alarmada pela destruição dos ideais americanos, encontra-se em um estado de incerteza.
“Quaisquer que sejam os ajustes que Trump faça, o maior perigo é a negação do seu abandono à democracia liberal… Quando acordamos, estamos todos com o coração partido”, afirmou o jornal, citando Nicole Bachalan, cientista política da Sciences Po em Paris.
Na nossa opinião, nos parece ser exatamente isso que Trump está tentando fazer, isto é, moldar a “democracia americana” segundo as premissas da extrema direita e de governos autocratas, como o da Hungria e da própria Federação Russa.
O artigo finaliza que Donald Trump não parece se importar, e a Europa terá apenas que “superar sua estupefação”.