Em 14 de novembro de 2024, diante da aterradora tentativa terrorista contra o STF e a democracia Brasileira, perpetrada por um extremista de direita filiado ao partido de Bolsonaro (PL), o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, destacou a importância do uso de um robô antibombas nas investigações das explosões ocorridas em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Durante as buscas em uma residência alugada pelo suspeito em Ceilândia, região próxima a Brasília, a equipe da PF utilizou o robô para inspecionar o local. Ao abrir uma gaveta, um dispositivo acionou uma potente explosão. Rodrigues enfatizou que, sem o robô, as vidas dos policiais poderiam, muito provavelmente, terem sido perdidas.

Publicado em 15/11/2024, 09:25h

Nos parece razoável crer que a “armadilha explosiva” na casa do terrorista não foi coisa de amador. O que, preliminarmente, se pode concluir, é que ele e/ou comparsas (?) já previam que a PF e/ou a PMDF iriam vasculhar a casa, caso ele fosse preso ou morto no atentado. Será que existe uma ou mais células terroristas sob inspiração da extrema direita agindo no Brasil? Enquanto isso Bolsonaro chama de “maluco” o autor do ato terrorista. A verdade é que o terrorista, seguidor de Bolsonaro, de Olavo de Carvalho e admirador de Trump, aparentemente “enterrou de vez” a pretensão de Bolsonaro e dos parlamentares bolsonaristas em busca de anistia.

A cruzada de Bolsonaro e dos parlamentares da extrema direita pela anistia não é livrar os “bagrinhos” que estão sendo condenados à penas entre 12 e 17 anos. O objetivo real, óbvio, é eles se livrarem das garras da justiça.

O autor das explosões foi identificado como Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, natural de Rio do Sul, Santa Catarina. Em 2020, ele foi candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) em sua cidade natal, mas não obteve sucesso nas eleições. Além de sua filiação ao PL, Francisco era conhecido por alimentar uma obsessão contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, frequentemente declarando ódio ao magistrado em mensagens e fóruns extremistas.

Investigadores apontaram que sua motivação estava enraizada na retórica de ódio propagada pela extrema direita, que ataca consistentemente a atuação de Moraes em defesa das instituições democráticas.

Francisco também se inspirava em figuras proeminentes da extrema direita, tanto no Brasil quanto no exterior. No Brasil, a maior liderança desse movimento ainda é o ex-deputado e ex-presidente Jair Bolsonaro, cujo discurso polarizador e incentivo à manifestações antidemocráticas mobilizaram apoiadores radicais. Já nos Estados Unidos, o principal representante da extrema direita é Donald Trump, ex-presidente americano, conhecido por desafiar resultados eleitorais e estimular ações golpistas. Essa rede de influência, que ultrapassa fronteiras, conta com o apoio de empresários influentes, como Elon Musk, dono da plataforma X (antigo Twitter), que frequentemente dá visibilidade a discursos extremistas e críticas a figuras progressistas.

Antes do ataque, Francisco alugou uma casa em Ceilândia, onde foram encontrados materiais explosivos e mensagens com ameaças explícitas dirigidas a Alexandre de Moraes e outras autoridades. O plano incluía ataques orquestrados contra membros do STF e contra a própria democracia brasileira. A Polícia Federal também encontrou evidências de que Francisco planejava os atos com antecedência, reforçando seu perfil como um terrorista com objetivos claramente antidemocráticos.

A investigação continua a buscar conexões entre Francisco e outros grupos extremistas, bem como seu envolvimento em atos golpistas anteriores. O governador de Santa Catarina e presidente estadual do PL, Jorginho Mello, declarou publicamente que o partido repudia qualquer ato de violência contra pessoas ou instituições democráticas, tentando distanciar a legenda de qualquer associação com o atentado.

A Polícia Federal reforçou seu compromisso em investigar e prevenir ações terroristas, assegurando a proteção de seus profissionais, das instituições e da sociedade brasileira.

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