Publicado em 08/11/2024, 10:25h

José Roberto Toledo e Thaís Bilenky, jornalistas do UOL, trazem à tona revelações significativas no inquérito da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de 8 de janeiro. A investigação, prorrogada recentemente, foi impulsionada por novas informações obtidas pela Polícia Federal através de um equipamento israelense, que permitiu a recuperação de dados apagados por Cid, ex-assessor do ex-presidente Bolsonaro. Esses dados revelaram que os golpistas tinham não apenas planejado minuciosamente a operação,

mas também registrado informações críticas, como os nomes e armamentos dos seguranças do ministro Alexandre de Moraes e do presidente Lula. Esse nível de detalhe evidencia um plano que incluía um potencial confronto armado com as autoridades.

Depoimentos recentes de figuras como Ramagem, ex-diretor da ABIN, e do General Nilson Diniz, atualmente comandante de um destacamento de selva, trouxeram mais clareza sobre o papel de membros da segurança e das forças armadas no planejamento do golpe. Esse envolvimento inclui a possível facilitação do acesso dos golpistas às áreas dos prédios dos Três Poderes, onde, durante a invasão, demonstraram treinamento especializado, como o uso de técnicas de rapel para adentrar o Congresso.

No âmbito político, discute-se agora a possibilidade de uma anistia para os envolvidos menos significativos, enquanto a questão de um “perdão” para Bolsonaro permanece uma incógnita, especialmente após a vitória de Donald Trump nos EUA. Trump, que inspirou o 8 de janeiro brasileiro com os eventos do Capitólio em 6 de janeiro, tem prometido anistiar os envolvidos na invasão e retaliar seus opositores, o que gera pressão no cenário brasileiro. A vitória de Trump serve como referência para Bolsonaro e seu grupo político, que buscam legitimar um possível perdão ou anistia, vendo no exemplo americano um estímulo para seguir nessa direção.

Por outro lado, para as autoridades brasileiras responsáveis pela investigação, a situação é um alerta. A continuidade do inquérito e a separação entre a anistia para os envolvidos de menor expressão e os organizadores do golpe sugerem que haverá desdobramentos significativos em 2025. Esse processo pode trazer complicações adicionais para Bolsonaro, que, além de inelegível, enfrenta riscos legais que podem até levar à prisão. Enquanto Trump pode se candidatar e, se eleito, buscar a autossalvaguarda, Bolsonaro, por outro lado, teria um longo caminho legislativo para reverter sua inegibilidade e, possivelmente, evitar punições mais graves.

O desenrolar dessas investigações e a revelação de novas informações são cruciais para definir os rumos de Bolsonaro e o futuro da política brasileira.

A reportagem completa de Toledo e Thais você pode ver nesse vídeo do YouTube AQUI.

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