11 de fevereiro de 2023. 14:50h

Apesar das constantes ameaças da administração Biden de impedir o funcionamento do gasoduto Nord Stream 2, as recentes provas sobre a participação dos Estados Unidos na sabotagem não têm sido consideradas pelas mídias norte-americanas, de acordo com o apresentador da Fox News, Tucker Carlson.

Contudo, a nova investigação revelou que os EUA planejaram o ataque ao gasoduto bem antes de sua realização, intencionalmente prejudicando a economia dos países europeus aliados da OTAN. Isso coloca em dúvida a integridade da Aliança do Atlântico Norte, afirmou o jornalista.

A subsecretária de Estado para Assuntos Políticos dos EUA, Victoria Nuland, e o presidente Joe Biden, já haviam ameaçado terminar o projeto antes mesmo do início do conflito na Ucrânia.

Quando questionado sobre como os Estados Unidos planejavam lidar com o controle alemão do projeto Nord Stream 2, Biden assegurou que eles seriam capazes de agir.

Já Victoria Nuland afirmou que, caso a Rússia invadisse a Ucrânia, o desenvolvimento do projeto Nord Stream 2 seria interrompido de alguma forma ou de outra, o que acabou acontecendo, pois além da Rússia invadir a Ucrânia na por ela chamada de Operação Especial, agora se sabe que os Estados Unidos, com a cumplicidade da Noruega, sabotaram os dois Nord Stream, destruindo parcialmente 3 dos 4 gasodutos já terminados e que, por hesitação, sob pressão de Joe Biden, a Alemanha não comissionou o Nord Stream 2 visando o seu funcionamento operacional.

A administração liderada por Joe Biden nos informou que a Rússia teria sabotado seus próprios gasodutos por alguma razão misteriosa, apenas por ser uma nação maligna. No entanto, isso afetou tanto a Rússia quanto a Europa Ocidental, embora muitos meios de comunicação tenham imediatamente culpados a Rússia.

Embora o presidente Vladimir Putin não seja um homem completamente inocente, não há motivos para que ele tenha destruído o Nord Stream. Várias investigações foram realizadas, mas nenhuma delas encontrou provas de envolvimento russo.

O jornalista Seymour Hersh escreveu um artigo publicado em Substack onde afirma que em junho do ano passado, mergulhadores da Marinha dos EUA, que operavam sob o disfarce do amplamente divulgado exercício da OTAN BALTOPS 22, plantaram dispositivos de detonação remota que três meses depois destruíram três dos quatro gasodutos do Nord Stream 2.

De acordo com o jornalista,sabotagem dos gasodutos pelo governo dos Estados Unidos foi resultado de “mais de nove meses de debates altamente confidenciais na comunidade de segurança nacional de Washington”. A missão levou tanto tempo pois a preocupação era realizá-la sem deixar evidências de quem seria o responsável, e não devido a uma falta de compromisso.

O jornalista afirma também que desde o início, o Nord Stream 1 era visto como uma ameaça pelos Estados Unidos e seus aliados da OTAN. Eles temiam que Putin teria uma importante fonte adicional de renda com os gasodutos em operação, e que a Alemanha e o resto da Europa se tornariam dependentes do gás natural barato fornecido pela Rússia.

O jornalista descreve que a oposição ao Nord Stream 2 intensificou-se antes da posse de Joe Biden, em janeiro de 2021. Os republicanos do Senado, liderados por Ted Cruz, levantaram a ameaça política do gás natural russo barato durante a audiência de confirmação de Antony Blinken como secretário de Estado. Naquela época, um Senado unificado havia aprovado com sucesso uma lei, que como Cruz afirmou a Blinken, “interrompeu o curso do gasoduto”.

Além disso, o Nord Stream 2 seria ainda mais perigoso, pois dobraria a quantidade de gás barato disponível para a Europa, enquanto as tensões entre a Rússia e a OTAN aumentavam constantemente devido à política externa agressiva do governo Biden.

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