
Por Política em Debate I Brasília
Em 29/04/2025, 19h05 I leitura : 1 min
A nova camisa da seleção e o delírio ideológico
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) lançou recentemente a nova camisa vermelha da seleção brasileira. A proposta é homenagear a luta contra o racismo e a promoção da igualdade, reforçando campanhas sociais que há anos tentam trazer um pouco de consciência ao futebol nacional.

No entanto, como era previsível, a extrema direita bolsonarista transformou a ação em mais um episódio de surto coletivo. Em redes sociais, militantes radicais associaram a cor vermelha à “satanismo”, “comunismo” e a teorias conspiratórias totalmente desconectadas da realidade.
Vermelho: cor do comunismo ou cor da vergonha bolsonarista?
Para qualquer pessoa minimamente informada, o vermelho é utilizado globalmente em diversas causas sociais — da luta contra a discriminação racial, às campanhas de saúde pública. Associar uma simples cor ao “comunismo” ou ao “satanismo” revela a profundidade do delírio ideológico que domina o pensamento bolsonarista. Além do mais, a maioria desses descerebrados nem sequer sabem, de fato, o que é o comunismo.

Transformar um uniforme esportivo em arma política é mais uma prova do quanto a direita radical é incapaz de conviver com símbolos de inclusão, diversidade e humanidade. A lógica do “nós contra eles” — tão característica do bolsonarismo — atinge aqui um de seus momentos mais ridículos.
O verdadeiro significado da camisa vermelha
A iniciativa da CBF é clara: promover uma mensagem de união e igualdade. Não há nenhuma ligação com ideologias políticas, tampouco qualquer estímulo religioso ou antirreligioso.
Ignorar isso para criar teorias conspiratórias é um desrespeito não apenas à inteligência dos brasileiros, mas também à história da própria seleção, que há muito tempo tem buscado se associar à causas sociais relevantes.
Fanatismo e regressão cultural
O comportamento dos bolsonaristas nesse episódio é mais um sintoma do obscurantismo que essa corrente política tenta impor ao país:
- O ataque à cultura.
- O medo irracional de símbolos.
- A incapacidade de lidar com a diversidade de expressões sociais.
É a política do ódio, agora aplicada até mesmo ao futebol — o esporte mais popular do país, símbolo de alegria e união.
O analfabeto político e o delírio
Enquanto parte do mundo avança no debate sobre inclusão, respeito e progresso social, o bolsonarismo arrasta seus seguidores para um abismo de ignorância e paranoia. Transformar a cor de uma camisa em símbolo de “satanismo” é não apenas risível, é absolutamente ridículo. E até senadores como Flavio Bolsonaro aderiram a essa paranoia. Eles deveriam pedir a Trump para mudar a cor do Partido Republicano.

O Brasil merece mais. Merece voltar a debater ideias com seriedade, sem cair nas armadilhas grotescas do extremismo irracional.
Fonte de apoio: Diário do Centro do Mundo – Camisa vermelha da seleção brasileira faz bolsonaristas surtarem: “Satanismo”