Flavio Bolsonaro criticou a prisão de Collor. Segundo o senador, a decisão de se impor a prisão imediata a Fernando Collor de Mello é: “Ato de ódio de Moraes” (sic)

Por Política em Debate, 25/04/2025, 18:55h (Brasília)

A prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello nesta sexta-feira (25/04), após condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, despertou reações, dentre elas, as críticas de Flávio Bolsonaro ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pela decisão. Para Flávio Bolsonaro se trata de “ato de ódio de Alexandre de Moraes“. Como assim? Ato de ódio? Pessoas poderosas, da elite, não podem ser presas? E quando o são é por ato de ódio do magistrado? O ministro só fez cumprir, a nosso ver, a lei, ao não aceitar, da defesa de Collor, mais um recurso protelatório ao cumprimento da pena de prisão de oito anos e dez meses, imposta ao ex-presidente.

Para s senador Flávio Bolsonaro se trata de “ato de ódio de Alexandre de Moraes” a prisão de Collor, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, a 8 anos e 10 meses

A pergunta que se impõe é: A crítica de Flávio à prisão de Collor não seria só uma retórica estratégica para proteger Jair Bolsonaro? Que, réu, será julgado em breve pelo STF? Flávio já considera que o pai será condenado? Ele preventivamente quer estabelecer um paralelo entre a prisão de Collor, hoje, e de Jair Bolsonaro em futuro próximo? Perguntas…

A condenação de Collor e a atuação de Moraes

Collor foi preso em Maceió após a rejeição de embargos infringentes pela Suprema Corte, com Moraes classificando os recursos da defesa como “meramente protelatórios”. O ex-presidente foi condenado por intermediar contratos fraudulentos entre a BR Distribuidora e a UTC Engenharia, envolvendo R$ 20 milhões em propinas. A decisão reforça a tese de que o Judiciário tem endurecido o combate à corrupção, mesmo contra figuras históricas.

A crítica de Flávio Bolsonaro: contexto e contradições

Flávio Bolsonaro qualificou a prisão como “ato de ódio” de Moraes, segundo fontes citadas nos referenciais sugeridos. A retórica evoca um padrão discursivo bolsonarista que associa decisões judiciais adversas a perseguições políticas. Essa narrativa não é nova: desde o Mensalão e a Lava Jato, setores conservadores oscilaram entre apoiar operações anticorrupção e denunciar supostos “abusos de autoridade” quando aliados são atingidos.

A defesa de Collor por Flávio, no entanto, parece estratégica. O ex-presidente alagoano não mantém alinhamento ideológico com o bolsonarismo, mas sua prisão oferece uma oportunidade para atacar Moraes – alvo frequente de Jair Bolsonaro, que já o acusou de “autoritarismo” durante seu governo. Ao vincular a decisão a um suposto “ódio” pessoal, Flávio reforça a narrativa de que o STF seria um instrumento de perseguição a adversários políticos, tema central na retórica de seu pai.

Jaula: Fernando Collor de Mello (ex-presidente) foi preso hoje

A defesa de Collor por Flávio pode, assim, buscar capitalizar sobre o descontentamento de setores que veem o Judiciário como excessivamente punitivista – um sentimento explorado pelo bolsonarismo desde 2018.

Poderosos, mesmo que corruptos, não podem ser punidos? Ou se o forem devem receber penas suaves? Duvido que os bolsonaristas não pensem assim. Afinal, como diz o ditado, Aos amigos, tudo, aos inimigos, a lei”.

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