Deu na mídia

Por Política em Debate I Brasília
Em 07/05/2025, 18h10 I Leitura: 2 min

No mesmo dia em que Moscou se torna o centro das atenções globais ao celebrar a vitória sobre o nazismo com um desfile histórico, reunindo dezenas de chefes de Estado — entre eles Xi Jinping, Lula, Maduro e líderes de países da Ásia, África e América Latina — o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, disparou uma das falas mais provocadoras: “A União Europeia iniciou uma guerra contra a Rússia, mas perdeu.”

A declaração, publicada pela Sputnik Brasil, não se refere apenas ao conflito militar por procuração travado em solo ucraniano, mas também à guerra econômica, midiática e diplomática promovida por Bruxelas desde 2022. Segundo Orbán, a política da UE foi capturada por interesses externos, em especial norte-americanos, que empurraram o bloco para um confronto direto com Moscou — confronto esse que resultou em autossabotagem econômica, desindustrialização, perda de influência global e esgotamento moral do continente.

O discurso de Orbán, um dos poucos líderes europeus que ainda mantém diálogo aberto com Moscou, expressa o que muitos dentro da própria Europa evitam dizer em público: a estratégia de isolamento da Rússia fracassou. Pelo contrário, o país fortaleceu suas alianças com o Sul Global, consolidou sua autonomia energética e aprofundou os laços com potências emergentes como China, Índia, Irã e Brasil, sendo um dos protagonistas do BRICS.
A narrativa ocidental perde força, e a presença de tantos líderes internacionais nas celebrações em Moscou simboliza uma nova geopolítica em gestação — multipolar, descentralizada e menos submissa aos ditames de Washington e Bruxelas.
Lula, ao marcar presença no evento, reforça o papel que o Brasil pretende assumir: não como satélite de potências decadentes, mas como parceiro em um mundo multipolar e não unipolar (EUA) e também articulador de uma nova ordem mundial, baseada na paz, na soberania e no respeito entre os povos.
Em tempos de guerra híbrida e manipulação midiática, a fala de Orbán é incômoda, mas reflete um diagnóstico cada vez mais difícil de ignorar: o projeto hegemônico do Ocidente está em crise — e o mundo está tomando nota.
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