12 de abril de 2023, 17:23h

Segundo o ministro, a sequência de atitudes ameaçadoras, ofensivas e agressivas de deputados extremistas impediu realização da audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara.

A sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados foi tensa nesta terça-feira (11), quando o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), decidiu deixar a reunião após cerca de uma hora e meia. Quando o ministro saiu, os deputados da oposição gritaram “fujão”.

De acordo com o ministro, as atitudes ameaçadoras, ofensivas e agressivas de alguns deputados extremistas impediram a realização da audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara. Dino considerou essa atitude como um desrespeito ao povo brasileiro e ao próprio Poder Legislativo.

“Infelizmente, deputados extremistas adotaram uma sequência de atitudes ameaçadoras, ofensivas e agressivas, impedindo a realização da audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara. Considero um desrespeito ao povo brasileiro e ao próprio Poder Legislativo”, disse o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB).

O Bate boca entre a milícia parlamentar bolsonarista e os governistas

Durante a sessão da Comissão de Segurança Pública realizada na terça-feira, 11, o ministro da Justiça, Flávio Dino, precisou interromper seu depoimento devido a um confronto entre deputados da oposição e do governo. A situação se agravou com insultos e até palavrões.

Em meio a essa tensão, o deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) chegou a comparar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a ditadores como Hitler, Mao Tsé-Tung, Stalin e Fidel, alegando que o presidente brasileiro quer desarmar a população. Diante dessa comparação indevida, Dino protestou e ameaçou deixar a sessão caso o clima de insultos continuasse. O ministro afirmou que a liberdade total no Brasil para o porte de armas não existe e que, assim como o Estado concede esse direito, ele também pode retirá-lo.

Durante a sessão, a deputada Carla Zambelli (PL-SP) insultou o deputado Duarte Junior (PSB-MA), mandando-o “tomar no c.”. O parlamentar xingado prometeu representar contra a colega no Conselho de Ética da Câmara.

Além disso, duas pessoas diferentes acusaram o deputado Gilvan da Federal (PL-ES) de fazer ameaças durante a audiência.

A reportagem flagrou o deputado fazendo ameaças à deputada constituinte Raquel Cândido. Em resposta, a deputada questionou se aquilo era uma ameaça e afirmou que esse é um lugar de debate e não de medo. No entanto, a situação se agravou quando o deputado Márcio Jerry afirmou que Gilvan o teria ameaçado a resolverem as divergências fora da Câmara, gerando uma briga.

A oposição tinha prometido “dar o troco” durante essa audiência na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado à Flávio Dino, após o que eles classificaram como deboches por parte do Ministro da Justiça, e deputados da base governista, em relação aos principais nomes do bolsonarismo presentes na Comissão de Constituição e Justiça presidida por Rui Falcão (PT-SP). Nessa audiência a milícia de deputados bolsonarista foi humilhada por Flávio Dino, não por deboche, mas pela professoral explicação àqueles despreparados, diante do primarismo e da ignorância que eles demostraram ao lhe questionar.

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