Um apoiador de Jair Bolsonaro, de 58 anos, morador de Botucatu, São Paulo, morreu após se incendiar em protesto contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. O ato trágico, conhecido como autoimolação, ocorreu na último dia 31 de janeiro em frente à Catedral Metropolitana de Brasília. A vítima foi levada para o Hospital Regional da Asa Norte, mas não resistiu.
De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal, testemunhas que estavam passando pelo local prestaram os primeiros socorros ao homem, apagaram as chamas e acionaram o serviço de emergência. Eles relataram que o homem teria dito que havia incendiado o fogo como forma de protesto.
A vítima carregava cartazes comparando Moraes com o ditador alemão Hitler e com outros personagens históricos, incluindo Nelson Mandela e Claus Schenk Graf von Stauffenberg. Também havia a frase “perdeu, mané!”, dita pelo ministro Luís Roberto Barroso durante a eleição.
Testemunhas relataram que o homem gritava frases como “Morte ao Xandão” e que sacrificaria sua vida para denunciar o STF.
A autoimolação é vista como uma ação extrema por especialistas da psicologia e psiquiatria, embora seja uma prática comum em culturas hindu e budista. O ódio patológico e sem justificativa contra Moraes e o STF é uma das principais bandeiras do bolsonarismo, levando as alas mais radicais do movimento político de direita a atacá-los, mesmo sem compreender a função do Judiciário.
Essa é uma das facetas mais extremas da doutrinação doentia de parte substancial de uma nação via uso maciço de desinformação e mentiras maciçamente publicitadas via redes sociais e serviços de mensagens, como o whatsapp e o telegram.
Cabe mencionar que Bolsonaro, em especial, foi um dos que mais incentivou esse tipo de radicalismo e de ódio cego, sem sentido, tendo como alvo o STF, em particular.